Cuca é apresentado como o novo treinador do Atlético e evidencia ambição por novas conquistas

Após 10 dias do anúncio oficial feito pelo Atlético, Cuca finalmente foi apresentado como o novo comandante do clube. A entrevista coletiva virtual aconteceu na tarde desta terça-feira, na Arena MRV. Assim, Cuca recebeu as boas vindas do presidente Sérgio Coelho, do diretor de Futebol Rodrigo Caetano e do gerente de Futebol Victor Bagy e realçou o desejo de novas glórias com a camisa alvinegra.

Imagem: Pedro Souza/Atlético

Antes de tudo, Cuca ressaltou que a decisão de retornar ao Galo não foi uma decisão fácil de ser tomada, devido ao quadro clínico de saúde de sua mãe pela Covid-19. No entanto, o treinador também não escondeu o desejo antigo retornar à Belo Horizonte.

“Não foi uma decisão fácil, por este momento de saúde da minha mãe. Então, foi uma situação muito difícil para eu poder vir. Muitas coisas passam na cabeça da gente, mas eu refleti muito com minha família, e a gente entendeu que vou estar junto com eles na fé, no espírito, dando meu máximo aqui no trabalho”, afirmou.

 “Era uma grande vontade que eu tinha de voltar ao Atlético. Depois de sete para oito anos eu consigo voltar. Lógico que sei do tamanho da responsabilidade que tenho aqui, assim como eu sabia da outra vez, quando cheguei em 2011 e fizemos uma recuperação. O 2012 foi muito bom, e fizemos um brilhante 2013. Então, eu tenho muita confiança”, reiterou Cuca.

Em seguida, o treinador evidenciou o forte grupo do elenco alvinegro e não deixou de ressaltar o anseio pela conquista de novos títulos com a camisa atleticana.

“Hoje, as condições são até melhores que eram naqueles anos. Formar um ambiente favorável é o que eu busco e, em primeiro lugar, mostrar a cada jogador pelo que ele luta, com quem ele luta por situações no time. Mostrar a eles a importância que se tem de vestir a camisa do Galo e de buscar conquistas no Atlético, e a gente tem essa ambição”, afirmou.

“Não sei qual competição a gente vai buscar, qual a gente vai ser campeão, mas eu sei dizer que tenho vontade de disputar todas elas com a máxima vontade possível, para poder sair campeão. A gente tem um elenco fortíssimo, e vamos procurar tirar o máximo de cada um em busca disso”, destacou o treinador.

Imagem: Pedro Souza/Atlético

Contudo, a coletiva do novo comandante, não envolveu apenas assuntos sobre o futebol. Cuca foi questionado sobre a condenação sofrida por ele há 34 anos atrás, quando ainda era jogador do Grêmio, pelo crime de violência sexual envolvendo uma menina de 13 anos na Suíça. A polêmica foi uma das grandes responsáveis pela desaprovação de parte da torcida atleticana, que subiu a #CucaNão nas redes sociais contra o retorno do treinador. No entanto, Cuca voltou a afirmar que esse assunto já foi superado.

“Eu acho que o assunto tem que ser debatido sempre, em todos os sentidos, não só no futebol. Eu postei minha família na frente da câmera e dei meu depoimento, falei o que eu tinha que falar. Sou uma pessoa do bem. Não preciso ficar falando isso aqui. Treinei aqui em Minas durante quase quatro anos, entre Cruzeiro e Atlético. Aqui fiz muitas amizades e acho que nenhuma inimizade. Acho que o que eu tinha para falar sobre esse tema, eu já falei, junto com toda a minha família. É uma coisa que ocorreu há 34 anos e, para mim, é um episódio já superado. Vida que segue”, relatou.

Nesse sentido, após quase oito anos, Cuca volta a comandar o Galo. Lembrando que na primeira passagem pela Cidade do Galo, o treinador colecionou 153 jogos, sendo 80 vitórias, 34 empates e 39 derrotas (60% de aproveitamento); além de dois títulos do Campeonato Mineiro (2012 e 2013) e a Copa Libertadores.

Em suma, o treinador também é responsável por um recorde de 54 jogos sem perder como mandante (44 vitórias e 10 empates). Além de ser o técnico que mais dirigiu o Galo na década (2011-2020) e o segundo que mais comandou o clube na Libertadores (14 jogos).