Galo demite mais de 50 funcionários durante a pandemia
Nessa última semana, o Galo anunciou a demissão de mais de 50 funcionários em todos os setores do clube. Segundo o presidente Sergio Sette Câmara, os cortes foram feitos de maneira estratégica para manter a saúde econômica do clube em dia. Indagado sobre as demissões, disse que a pretensão é economizar cerca de 70 milhões de reais até o fim de 2020. Os cortes foram realizados desde a cozinha do clube até a comissão técnica permanente.
Recentemente, o Atlético encomendou um estudo sobre salários e cargos na consultoria Ernst & Young e o resultado apontou alguns pontos de desequilíbrio financeiro no Galo. Alguns profissionais com salários acima do teto compatível com a realidade atual são os principais alvos dos cortes. Nas redes sociais, alguns jogadores lamentaram e criticaram saídas como o do segurança Jorginho, do preparador físico Luis Otávio Kalil, e do analista de desempenho Bernardo Motta.
Questionado sobre cortes na folha dos atletas, o presidente informou que não poderia efetuar grandes mudanças na folha do futebol porque ele é o carro-chefe e ele é quem mantém as principais receitas do clube. Com a pandemia e o futebol parado, todos os clubes tiveram os cofres combalidos e a maior opção de economia foi o enxugamento das folhas de pagamentos com reduções de até 25% nos maiores salários.
O Atlético ainda tem dois meses de salários e imagem atrasados; acordos com atletas que não serão aproveitados no decorrer do ano também é opção de austeridade. Já deixaram o Galo: o lateral Patric, o meia Bruninho e o zagueiro Maidana. Estão em acordo para rescisão Ricardo Oliveira, Franco Di Santo e Lucas Cândido, além de alguns outros jogadores que serão emprestados, casos de Lucas Hernández e Ramon Martínez.
Por Guilherme Soares.