Atlético Mineiro

Galo, o colecionador de erros

Desde a última conquista, o Galo soma 2 presidentes, 7 treinadores e 5 diretores de futebol, e nenhum resultado em campo. 

OPINIÃO: O PASSADO EXPLICA O PRESENTE.

O Atlético desde sua última conquista relevante, a Copa do Brasil em 2014, coleciona decisões erradas. se voltarmos no tempo, em 2015, com o próprio Levir Culpi no comando da equipe alvinegra, o Galo era campeão Mineiro com um time base de 2014 e com nomes como o Lucas Pratto incorporando o elenco. Depois de um inicio complicado de Libertadores, se classificou na “bacia das almas” mas acabou sendo eliminado para o Inter nas oitavas de final daquele ano. O questionamento à época seria a grande questão: O Galo tem um grande time titular, mas nenhum reserva de qualidade; Levir insistia dizendo que não precisava de reforços. Resultado: após um Campeonato Brasileiro interessante, a limitação técnica resultou na demissão do treinador duas rodadas do fim da competição principalmente influenciado pelo revés de 0x3 em casa diante do rival e campeão Corinthians.

Treinador em 2015 e último a ser demitido do Galo, Levir é um dos nomes que contam a história desse atual momento do Galo em 2019.

Em 2016, Daniel Nepomuceno, sucessor de Alexandre Kalil decidiu abrir os cofres. Contratou Robinho, Fred, Jr. Urso e vários outros jogadores de grife para tentar levar o Galo a uma nova conquista. Mas, se em 2015 havia faltado elenco ao Atlético, em 2016 faltou coragem para manter um treinador. após a saída de Levir, o Galo trouxe Diego Aguirre e depois de perder o Mineiro para o América e cair nas quartas de final da Libertadores para o São Paulo, Aguirre saiu. No inicio do Brasileiro, chega Marcelo Oliveira, sem mostrar uma organização tática (bem parecida com o momento atual) o time até brigou pelo Brasileiro e chegou a Final da Copa do Brasil. Mas a derrota em casa por 1×3 diante do Grêmio selou o destino do treinador que nem dirigiu o time no jogo de volta. está notando as coincidências? tem mais.

Bi-campeão Brasileiro no Rival, Marcelo Oliveira no Galo durou 6 meses no comando.

Para 2017 o Galo trouxe o arrojado e atualizado treinador Roger Machado, tido por muitos como um revolucionário pelo futebol apresentado no Grêmio, mas que só rendeu títulos mesmo com o Renato Gaúcho. Time voando no primeiro semestre, Campeão Mineiro, 1º lugar geral na fase de grupos da Libertadores, elenco mantido e encorpado com Valdívia e Elias recém chegados. Foi começar junho que a maré virou. Derrotas em casa no Brasileiro, justo no Horto, local sagrado para os atleticanos, derrota para o “poderoso” Jorge Wilstermann na ida das oitavas da Libertadores penduraram Roger. que ganhou sobrevida após vitória na ida das quartas da Copa do Brasil diante do Botafogo em casa por 1×0, mas que ruiu depois de mais uma derrota em casa no Brasileiro diante do Bahia. não dirigiu o time na volta da Libertadores e nem na volta da Copa do Brasil. Olha, Nova coincidência. E o resultado? Outra coincidência: Eliminação em ambas competições. Para resumir o fim de 2017, Rogério Micale e Oswaldo de Oliveira. Dá para saber o final.

Roger foi um dos treinadores que não terminou o contrato a frente do Galo

2018 começou e uma nova gestão, a de Sergio Sette Câmara, que trouxe Alexandre Gallo para direção de futebol e prometeu sanar as dividas deixadas pelas gestões anteriores além de melhorar a média de idade daquele grupo que foi considerado “velho” e o principal fator para as derrotas. fez um limpa nos altos salários no elenco. dispensou Fred, não renovou com Robinho, alguns emprestados foram embora e começamos o ano com um elenco curto de jogadores e qualidade; inclusive a primeira contratação da era Sette Câmara foi as “revelações” Arouca e Ricardo Oliveira (contém ironia). Do Palmeiras vieram alguns empréstimos, foi o grande parceiro no inicio do mandato do dirigente. de lá veio um dos principais responsáveis pela classificação para a Libertadores. Roger Guedes. mas que só foi render no campeonato Brasileiro.

Oswaldo e o repórter Léo Gomide se desentenderam na coletiva pós jogo do Galo diante do Atlético Acreano

Os péssimos resultados no inicio do ano e o fatídico episódio no acre com o Jornalista Léo Gomide fizeram Oswaldo de Oliveira cair. era previsível. começa então a busca por um treinador (alguma semelhança com o momento atual ?), após não de Cuca, de Abel Braga e de Rogério Ceni, o Galo foi “empurrando com a barriga” Thiago Larghi que surpreendentemente em seu primeiro trabalho como treinador, conseguiu reorganizar e dar padrão de jogo ao time. mas a falta de qualidade falou mais alto: primeiro na final do Mineiro, após ganhar por 3×1 a ida do Cruzeiro, perdeu a volta por 2×0 e o título; depois, na Copa Sul-Americana que o presidente escanteou dizendo que a prioridade era a Copa do Brasil e Brasileiro. foi eliminado numa semana para o San Lorenzo e na outra para a Chapecoense da Copa do Brasil. restou o Brasileirão, e foi bem até a parada da Copa, com Larghi efetivado como Treinador, um time organizado e com Guedes e Blanco voando. Mas o que é bom durou pouco. Os chineses foram ao Palmeiras e levaram Guedes. para completar Blanco lesionou e foram ali as chances de mais um campeonato.

Após Oswaldo de Oliveira, Thiago Larghi teve a difícil missão de remontar o elenco 2x em 2018 mesmo sem ter a experiencia de um treinador tarimbado.

Larghi, remontou o time de novo, continuava com um padrão de jogo, os resultados não viam, mas o elenco já tinha atingido um ‘platô’. Alexandre Gallo caiu e quando o Atlético se viu em uma posição de terminar o ano e começar uma temporada com um treinador a mais tempo no cargo o que ele fez ? demitiu Thiago Larghi e foi atrás de Levir Culpi. O Resultado disso ? o presente mostra.

Dizem que nós aprendemos com os erros, Mas no Galo essa máxima não existe. Rodrigo Santana será nesse domingo o 6º treinador do Galo a enfrentar Mano Menezes, que esta há 3 anos a frente do Cruzeiro. Coincidência o Cruzeiro ter conquistado 2 Copas do Brasil e o Galo nenhum titulo de expressão nesses últimos anos ?

Por Guilherme Soares

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