26 de Março de 1924, houve a fusão entre Internacional Futebol Clube e América Futebol Clube, fundando então o Clube Atlético Paranaense.
As cores vermelha, herdada do América e a preta herdada do Internacional, tornou então o Atlético no RUBRO-NEGRO paranaense.
Primeiro jogo e primeiro título
A primeira partida oficial que o Atlético realizou, foi no dia 6 de Abril de 1924, um amistoso diante do Universal FC, o Rubro-Negro venceu pelo placar de 4 x 2. Já o primeiro título conquistado, foi no ano seguinte, em 1925 após uma campanha brilhante, o Atlético Paranaense se tornava campeão paranaense pela primeira vez.
ATLÉTICO dos anos 30
Podemos dizer que o Atlético Paranaense era a melhor equipe de futebol daquela época. Logo em 1930 sagrou-se bicampeão estadual (primeira vez na história do clube), a partida que consagrou o bicampeonato foi uma vitoria diante do Coritiba por 3 x 2, os gols do Rubro-Negro foram marcados por Zinder Lins, Marreco e Levoratto).
Outro fato marcante também na década de 1930, foi em 1934, ano em que o Atlético se tornava em definitivo dono do terreno da Baixada. O estádio atleticano passou a ser chamado de Joaquim Américo Guimarães, em homenagem ao grande desportista que “doou” o terreno ao Rubro-Negro.
No mesmo ano a torcida atleticana conheceria o jovem Alfredo Gottardi, o camisa 1 do Rubro-Negro mais conhecido como Caju, figurava aquele elenco de 1934, e se tornava um dos maiores ídolos da história do Clube Atlético Paranaense. Alfredo Gottardi que também foi homenageado, seu nome foi dado ao Centro de Treinamento do Clube, chamado até os dias de hoje de CT DO CAJU.
ATLÉTICO dos anos 40 – O surgimento do FURACÃO!
No decorrer da década de 1940 o Atlético conquistou alguns títulos paranaenses, mas o ano que com certeza ficou para a história, foi em 1949, quando o Atlético simplesmente atropelou todo e qualquer adversário que via pela frente, ganhando o apelido de FURACÃO.
O extinto jornal Desportos Ilustrados, estampou a primeira página com o título que viria a ser um marco na história do Atlético:
O “Furacão” Levou o “Tigre” de Roldão
Tal manchete foi publicada no dia 20 de maio de 1949, dia em que o Furacão goleou o Britânia (no domingo dia 19/05).
Não só o time de “49”, como os demais times formados pelo clube, receberam o carinhoso apelido de FURACÃO. O termo furacão foi iclusive, inserido no hino atleticano, não só para idolatrar o esquadrão de 1949, que arrasou todos os adversários com placares acima de quatro gols como também para reverenciar a força do clube e de sua torcida.
3 décadas amargas
Depois da brilhante atuação nos anos 30, e de ter conquistado facilmente alguns títulos estaduais, veio a era de jejuns, que começou em 1950 e percorreu até 1982 (ano em que brilhou as estrelas de Washington e Assis – o casal 20 -, até hoje considerados ídolos atleticanos) .
Durante esse período o Rubro-Negro da Baixada conquistou apenas dois títulos estaduais, 1958 e 1970.
Como se não bastasse a queda produtiva dentro das quatro linhas, o Furacão ainda despencou no quesito financeiro. Em uma campanha vexatória, acumulou 3 vitorias, 11 empates e 14 derrotas, o Atlético foi rebaixado para a segunda divisão do Paranaense em 1967.
Era 1995/2017 – Entendimento das peculiaridades da Indústria Futebolística
Após uma derrota por 5 x 1 para seu maior rival (Coritiba), foi dada a largada para a revolução no Clube Atlético Paranaense. Mario Celso Petraglia assume a diretoria e dá-se início ao planejamento estratégico para colocar o Atlético no cenário mundial.
No ano de 1995 o Rubro-Negro volta à elite do futebol brasileiro sagrando-se campeão da série B.
Em 1997, a velha Baixada vai ao chão, para dois anos mais tarde o Rubro-Negro erguer a primeira arena do Brasil.
Dentro desse “novo Atlético”, teve ainda a conclusão do Centro Administrativo e Técnico Alfredo Gottardi, o CT do Caju. Sem dúvida nenhuma um dos mais modernos da América Latina.
O crescimento não parou, e em 2001 o Furacão conquistou seu primeiro título nacional. A estrela dourada foi conquistada após uma campanha excelente principalmente na reta final do Brasileirão daquele ano. Alex Mineiro conquistou o título de ídolo do Furacão após tornar-se artilheiro e ser fundamental na inédita conquista. Além do camisa 9, o elenco campeão contava ainda com o goleiro Flávio, a zaga atleticana com Gustavo e Rogério Correa, Nem que era o capitão daquele grupo, as laterais eram compostas por Fabiano na esquerda e Alessandro pela direita, Cocito, Adriano Gabiru, Kleberson (pentacampeão mundial com a seleção Brasileira no ano seguinte), o experiente Souza e a dupla de ataque formada por Kleber e Alex Mineiro. Que saudades daquele Atlético.
Em 2004 o Furacão teve a chance de conquistar seu segundo título no Brasileirão, terminando na segunda colocação naquele ano. A campanha do Rubro-Negro foi impecável durante boa parte da competição, tropeçando na reta final. A boa campanha rendeu ao atacante atleticano Washington a artilharia do campeonato, conquistando o feito até hoje não superado, o Coração Valente balançou as redes 34 vezes e é o maior artilheiro da história dos Brasileirões.
No ano seguinte, em 2005, o Rubro-Negro foi vice campeão da Taça Libertadores da América. O campeão naquele ano foi o São Paulo, jogo até hoje engasgado pelos atleticanos, por conta da Conmebol e da CBF terem tirado o direito do Furacão de disputar a final na Arena da Baixada, a disputa foi no Beira Rio em Porto Alegre.
Em 2014, ano da Copa do Mundo da FIFA no Brasil, a casa do Atlético foi palco do Mundial. Já na nova Arena, o agora chamado de ESTÁDIO ATLÉTICO PARANAENSE, que além de sediar a Copa do Mundo ainda tem protagonizado eventos internacionais, como UFC, Liga Mundial de Volei (marcada para 2017), assim como shows nacionais e internacionais.
O Furacão completa hoje, 93 anos de história, e na temporada ataual está disputando a Taça Libertadores da América e Campeonato Paranaense, e ainda disputará a Copa do Brasil e Brasileirão da Série A.
Se fosse escrever tudo sobre o Atlético, com toda certeza daria um livro, então escrevi apenas alguns fatos que descrevem a história do nosso querido Furacão, nosso El Paranaense, o CLUBE ATLÉTICO PARANAENSE.
