“Acabou a palhaçada…”
O Atlético-PR é a pior equipe do campeonato jogando fora de casa. No momento, o Furacão ocupa a sétima colocação e soma 48 pontos, destes, somente 7 deles foram conquistados longe de sua torcida, ou seria longe de seu gramado?
Único clube da Série A com grama sintética em seu estádio, eleva a discussão sobre o tamanho da vantagem do Furacão quando atua no piso artificial. Alguns treinadores de equipes adversárias que enfrentaram o Furacão na Baixada deram suas opinião sobre o favorecimento ou não do Atlético jogando em seu estádio com grama sintética:
Caio Junior esteve na Baixada duas vezes comandando a Chapecoense. Na primeira, pela Copa do Brasil, empate sem gols. Na segunda, porém, o time catarinense perdeu de virada por 3 x 1 pelo Brasileirão, “Jogar no sintético da Arena é realmente diferente. O jogo é muito veloz e os jogadores do Atlético estão muito adaptados, o que favorece bastante o mandante”, analisa o comandante da Chape.
Claudinei Oliveira também viu sua equipe ser derrotada na Arena. Quando comandava o Paraná, o treinador – atualmente no Avaí – perdeu na semifinal do Estadual para o Furacão. “O Atlético foi superior à nossa equipe naquele jogo e mereceu a vitória. Não ganhou por causa do gramado. Mas no segundo gol do André Lima, o Demerson foi traído pelo quique da bola”, lembra Claudinei. “A qualidade do gramado é muito boa, mas é diferente. Não é grama natural. O Atlético não é o melhor mandante por causa do gramado. O time é muito bem montado pelo Autuori. Mas acredito que alguns atletas e equipes têm dificuldade para se adaptar”, finaliza Claudinei.
Roberto Cavalo foi o primeiro técnico a encarar o Atlético, pelo Criciúma, na estreia da grama sintética em duelo válido pela Primeira Liga, em fevereiro. Os catarinenses perderam por 1 x 0. “Achei espetacular e não foi a causa da nossa derrota. O campo ficou bonito, dá mais qualidade de bola e jogador com mais dinâmica se sobressai”, disse o técnico que inclusive foi jogador do Furacão nos anos 80.