FURACÃO RETRÔ – [“São” Ziquita]
No FURACÃO RETRÔ, desta semana, vamos falar de Gilberto de Souza Costa, ou simplesmente Ziquita. Aos mais novos – assim como eu que vos escrevo, – que não tivemos o privilégio de ver Ziquita vestindo nossa camisa, mas quer saber quem foi essa lenda do Furacão, basta perguntar para seu pai, tio, avô, ou qualquer atleticano mais velho, que certamente lembrarão. Principalmente de um dia específico, onde o São Ziquita deixou seu nome escrito na história do Clube Atlético Paranaense.
O dia era 05 de novembro de 1978. Há 38 aos atrás, a Baixada foi palco de um dos momentos mais inusitados da história do futebol paranaense. O Furacão jogava contra o Colorado, e vinha sendo goleado por 4 x 0. Foi quando o atacante Ziquita entrou em cena e honrou o que diz em uma estrofe do hino do Furacão, “Rubro-Negro é quem tem raça”.
Faltando poucos minutos para o final do jogo, ele marcou os quatro gols para deixar tudo igual na partida, 4 x 4. A partir daí, Ziquita se tornou um herói da torcida atleticana. Até hoje, o feito é lembrado por torcedores que estiveram presentes na Baixada.
Depoimentos sobre o “Dia de São Ziquita”:
“Nunca vi alguém ganhar tanto dinheiro. A torcida estava tão feliz que invadiu o vestiário e começou a dar dinheiro para o Ziquita. Ele fez uma trouxa com a camisa do Atlético e encheu de dinheiro”.
– Saudoso Dionísio Filho, na época lateral-esquerdo do Furacão.“De tudo aquilo, o que mais me marcou naquele dia foi um senhor humilde que chegou pra mim e disse: ‘esse dinheiro é do leite do meu filho e vou te dar.’ Eu disse que não queria, que não poderia aceitar. Mas ele insistiu porque precisava retribuir tanta alegria que eu tinha dado à torcida.”
– Declaração do próprio Ziquita, em entrevista publicada em 2008 pela Gazeta do Povo.