LIBERA A FESTA
Não vi o Atlético de 1949 jogar. Aquele Atlético que conquistou o apelido por simplesmente atropelar todos os adversários daquele ano – tal qual um FURACÃO que por onde passa devasta tudo que há pela frente!
Mas vi através de gritos e cânticos de uma apaixonada torcida que desde as partidas no velho e lendário Joaquim Américo Guimarães, ainda com arquibancadas de madeira, faziam daquele histórico lugar, localizado no bairro Água Verde, na cidade de Curitiba, um verdadeiro Caldeirão!
Enchi meus olhos de piá – (menino, para quem não é de Curitiba) – de tanta emoção ao ouvir e ser contagiado por aquele “Uh Caldeirão!” vindo das arquibancadas da velha Baixada ainda na década de 90. Me impressionei pelas cores Rubro-Negras do nosso querido Atlético dos Paranaenses que coloriam a Baixada. Me identifiquei com a caveira – símbolo da nossa torcida – que representa ser Atlético até a Morte!
Em 1999 vi a velha e amada Baixada ir ao chão para ser levantada a primeira Arena do Brasil, a nossa Baixada Rubro-Negra – e que saudades das nossas cores na Arena. O Estádio Joaquim Américo passava a ser chamado de Arena da Baixada, palco que presenciou nossa estrela dourada em 2001. E sempre com nossa apaixonada torcida, fazendo a festa e transformando aquele gramado verde, num Caldeirão, temido pelos adversários!
O que aconteceu com nossa Baixada? Cadê o Caldeirão? E o Furacão, por que já não é tão temido como foi em toda sua história?
O Clube Atlético Paranaense não tem dono! É mais que um time de futebol, representa uma nação apaixonada, pais, filhos, homens, mulheres, idosos, crianças que deixam muitas vezes seus afazeres para acompanhar um partida de futebol. Uma nação que nesses 92 anos de sua existência já riram e choraram, mas nunca abandonaram a paixão pelo nosso Furacão da Baixada!