Entrevista com o lateral-esquerdo Romano, do Veranópolis-RS

Romano Rodrigues (30), lateral-esquerdo, atua hoje no Veranópolis e já passou por diversos times do país e pelo San Marcos de Arica, do Chile. Conquistou dois títulos pelo Ceará em 2012 e mais dois pelo ABC em 2017

 

1) Em 2011 você chegou no Avaí e permaneceu até o final do campeonato. Como foi sua experiência tanto com o clube quanto com a torcida?

R: “Foi um ano de muito aprendizado, tive a oportunidade de trabalhar com grandes jogadores que tem uma bonita história no futebol. O clube sempre deu suporte para poder trabalhar e desempenhar meu melhor, e a torcida só tenho agradecimentos, pois sempre nos apoiaram”.

 

2) Em 2012 você teve alguns impasses em relação ao contrato com o Ceará, onde após ser dispensado pelo mesmo, a Portuguesa pediu para cumprir o contrato até o final do ano. Porém em maio, você conseguiu ir para o Joinville. Para você, como jogador, como essa situação atrapalha sua carreira?

R: “Infelizmente passei um período complicado no clube, mas em momento algum tive problemas com a diretoria e jogadores, pela questão do futebol gaúcho ser um jogo mais pegado e técnico, e no Nordeste ele é de mais velocidade e menos pegado me prejudicou por ser á primeira vez na região. Quando tive a oportunidade de me transferir para o Joinville foi perfeito para poder jogar e mostrar meu trabalho”.

Foto: Ceará SC.

3) Ainda no Ceará, você conquistou o Campeonato Cearense e o troféu Chico Anysio, o que você lembra dessas conquistas? Como foi a experiência de ter duas conquistas em um time como do Ceará?

R: “Foi muito legal ter ganhado títulos pelo clube, deixando um registro do meu nome, por mais que tenha sido curta a passagem pelo Ceará, é sempre importante conquistarmos algo por onde passamos. Infelizmente á comemoração dentro do Gramado não foi das melhores pela situação que se encontravam clube e federação, pois estavam brigados e não tivemos aquela entrega de troféu e medalhas”.

 

4) De toda a sua carreira, qual momento foi o que mais te marcou e que você gostaria de vivenciar novamente? Qual o maior obstáculo que você já teve?

R: “É difícil você escolher só um momento que faz você querer vivenciar ele novamente, mas seria legal voltar a jogar no Maracanã e fazer outro gol. O maior obstáculo foi ser atleta profissional, porque minha família não tinha condições de me bancar para sair de casa e poder jogar em alguma base de clube e quando tive uma oportunidade de teste no profissional do Esportivo de Bento Gonçalves eu soube aproveitar”.

 

5) Em 2016, você conquistou o título da Série C pelo Boa Esporte e para a temporada seguinte foi apresentado pelo ABC como reforço. Você gostaria de ter permanecido no Boa, ou acha que foi bom a troca de time? Como foi sua passagem por lá? Voltaria para o clube se surgisse uma nova oportunidade?

R: “Tinha a opção de permanecer, mas eu junto com minha esposa conversamos e optamos pela troca de clube e cidade para um novo desafio. Tive um início muito bom sendo titular das três competições que estávamos jogando, campeonato Potiguar, Copa do Nordeste e Copa do Brasil. Mas no início do brasileiro, Geninho trouxe outro lateral e a diretoria me comunicou que gostariam de me emprestar, naquele momento não teve nenhuma proposta que agradasse aos dois e então o clube pediu a rescisão de contrato. Se tiver uma proposta de voltar um dia eu iria com maior prazer, á torcida é apaixonante, e a cidade é maravilhosa”.

Foto: Ceará SC.

6) Em 2015 você atuou pelo San Marcos de Arica, do Chile. Como foi sua passagem por lá? Qual as principais diferenças entre o treinamento e esquema de jogo em relação ao Brasil? Como foi seu convívio com as pessoas e como são os costumes de lá?

R: “Foi uma passagem curta, mas importante para aprender coisas novas tanto profissional quanto pessoal. O treinamento é muito parecido com o de alguns treinadores que já trabalhei, mas o futebol é mais intenso e de velocidade, no Brasil se sobressai á técnica e o jogo tático”.

 

7) Como está sendo sua quarta passagem pelo time gaúcho? O que mudou desde a sua primeira vinda para cá? Quais são suas expectativas para este ano? Está gostando do momento atual da sua vida tanto pessoal quanto profissional? Tem algo que queira mudar?

R: “Está sendo muito bom poder voltar ao Veranópolis, o clube nos proporciona boas condições de trabalho e honra com seus compromissos. Desde a primeira vinda mudei muito no jogo técnico e tático, mas o principal foi o amadurecimento profissional e pessoal. A primeira expectativa é poder fazer um ótimo Gauchão e alcançar os objetivos do clube junto com meus companheiros para depois poder colher os meus objetivos pessoais. Estou em um momento muito feliz tanto profissional quanto pessoal, posso fazer o que sempre sonhei e tenho uma família com quem posso sempre contar. Gostaria de mudar o calendário do Veranópolis deixando o clube com a vaga na série D 2019, para que o clube possa crescer”.

 

8) A profissão de jogador sempre foi muito procurada e hoje está mais ainda. O que você tem a dizer para os jogadores que estão começando agora? Qual a principal característica que um jogador deve ter hoje?

R: “Que se esforcem, trabalhem duro, sejam leais a quem os ajuda, e não deixem que uma derrota faça os desistir. Uma só característica não constrói um jogador, ele tem que trabalhar sério, ser dedicado dia-a-dia para melhorar em cada treino”.

 

9) Agradecemos a oportunidade de entrevistá-lo e desejamos um ótimo ano para você. Mande uma mensagem para seus fãs e membros do Mercado do Futebol.

R: “Muito obrigado pela oportunidade de participar do Mercado do Futebol, que possam seguir com esse belo trabalho que estão fazendo! Gostaria de agradecer todas as pessoas e profissionais que seguem meu trabalho torcendo e dando suporte para que eu possa exercer o que sempre sonhei e amo”.

Foto: Avaí FC.