Entrevista com o zagueiro Betão, do Avaí

 Aos 33 anos, o zagueiro Betão passa por uma boa fase no clube catarinense e luta, juntamente com seus companheiros, contra o rebaixamento.

 

Com títulos nacionais pelo Corinthians da Copa do Brasil, Campeonato Paulista e Brasileiro e outros internacionais pelo Dínamo de Kiev, da Ucrânia, o camisa 3 do Avaí tem uma boa expectativa do campeonato Brasileiro e fala sobre seu tempo no clube paulista e sobre o futebol de fora do país. Betão também já passou pelo Santos, Évian, da França, e Ponte Preta.

 

1- Você se formou nas categorias de base do Corinthians e ficou no clube por quase 14 anos. Durante esse longo tempo você conquistou alguns títulos e completou mais de 200 jogos com a camisa corintiana. Do que mais sente falta dessa época? E qual o momento que ficou mais marcado para você e que gostaria de viver novamente?

Betão: Sinto falta do convívio e das amizades que eu fiz naquela época. Cresci com a maioria dos jogadores que fazia parte do elenco profissional e era muito bom estar realizando um sonho profissional com jogadores que crescemos juntos. Graças a Deus eu pude viver muitos momentos bons no Corinthians e o que nunca me esquecerei foi da minha primeira partida como titular em 2001, contra o Internacional em Porto Alegre.

 
2- Você passou aproximadamente 7 anos jogando fora do país e teve uma grande experiência com o futebol europeu. Você gostaria de voltar a jogar fora se surgisse uma nova oportunidade?

B: Hoje penso mais em qualidade de vida do que em realizações profissionais. Até mesmo porque já realizei muitos sonhos jogando na Europa. Se aparecer uma situação que seja boa para mim e para minha família, sairia novamente. Infelizmente no Brasil o futebol fica devendo em alguns aspectos.  

 

Foto: Divulgação Meu Timão
 

3- Apesar da grande diferença entre o futebol brasileiro e o europeu, qual característica do modo de jogo, ou coisa similar, que mais lhe agradou na Ucrânia e que você acredita que seria possível de adaptar ao nosso futebol?

B: A organização tática que eles priorizam muito lá, me ajudou bastante na visão que tenho do futebol hoje em dia. Aqui no Brasil, já melhorou muito essa questão. Mas por não ser tão cobrado nas categorias de base, alguns jogadores têm dificuldade em assimilar que uma boa organização tática faz toda a diferença em uma partida.