RECONQUISTA: Como Roger Machado conseguiu trazer de volta a confiança do torcedor do Bahia

O início de ano do Bahia foi cercado de expectativas. O tricolor encerrou 2018 em alta, com a melhor campanha de sua história na era dos pontos corridos, além de chegar as quartas de finais da Sul-Americana e da Copa do Brasil.

Porém o que o torcedor tricolor viu foi uma série de complicações, oscilações e dificuldades. O Bahia acabou eliminado na primeira fase da Copa do Nordeste e também caiu cedo na Sul-Americana, competições vistas como prioridades para 2019.

Após muita discussão e várias segundas chances, o técnico Enderson Moreira finalmente deixou o tricolor. Foram poucos dias de procura e entre todos os nomes cogitados, talvez o que mais agradava a torcida foi escolhido: Roger Machado.

NOVA ATITUDE

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Roger durante atividade no Fazendão Foto: Felipe Oliveira).

Como todo treinador que chega a um clube novo, Roger precisou de um tempo para conhecer o elenco que tinha em mãos e aos poucos tentar implantar sua filosofia.

Aos poucos o insistente 4-2-3-1 adotado por Guto Ferreira e Enderson Moreira, foi dando lugar a um 4-3-3 Com Ramires as vezes jogando centralizado e as vezes pelo meio. O rendimento dos laterais também melhorou, principalmente o de Nino Paraíba que se tornou peça essencial do elenco.

A marcação pressão tão difundida pelos antecessores foi dando lugar a um estilo mais cadenciado, com uma pressão menos constante, estilo que poderia se adaptar ao advérsario, como contra o Fluminense pelo Brasileirão.

O time carioca tem uma saída de bola um tanto lenta, tocando bastante a bola perto da própria área. Nesse jogo o Bahia manteve a marcação alta, até que numa falha do goleiro Agenor, Gilberto roubou a bola e abriu o placar.

NOVO JEITO DE JOGAR

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Douglas Augusto forma a segura trinca de volantes com Elton e Gregore

Roger perdeu seus dois primeiros jogos fora de Salvador. O que fez o treinador pensar em algo diferente, a tão contestada formação com três volantes que gera discussões por ser um esquema teoricamente defensivo.

Elton, Gregore e Douglas Augusto acabaram dando maior segurança ao meio de campo, enquanto Élber (Arthur Caike) e Artur Victor puxam os contra-ataques com velocidade quando exigidos. Ou seja, o time é defensivamente forte, mas tem poder de fogo para incomodar o adversário quanto vai ao ataque.

Com essa formação Roger conseguiu os primeiros pontos fora de casa, além da classificação na Copa do Brasil diante do São Paulo. De quebra ainda venceu o Grêmio em casa pelo Brasileirão.

O ano pode ser longo e o trabalho de Roger ainda é relativamente novo, mas a mudança de ânimo e de vontade no time do Bahia, já é evidente. Roger já foi capaz de trazer o apoio e a confiança do torcedor de volta, agora é esperar e ver se os resultados continuarão aparecendo.