
O Barcelona foi extremamente afetado pela paralisação do coronavírus. Teve uma baixa nos cofres de 200 milhões de euros, o que ocasionou uma janela de transferência infeliz para os catalães. Após isso, a diretoria culé, que antes já havia reduzido 70% dos salários de funcionários, decidiu fazer outra redução salarial, incluindo os valores pagos aos jogadores da equipe principal.
A entidade catalã pretende ajustar as condições de trabalho dos seus funcionários esportivos e corporativos à nova realidade econômica. Para isso, a diretoria fará uma mesa de negociação. Esse corte poderia ter sido evitado se a janela de transferência, encerrada na última segunda-feira (05), tivesse sido mais produtiva. Sendo que os pedidos prioritários de Ronald Koeman – Memphis Depay, Giorginio Wijnaldum, Eric García e Lautaro Martínez- não foram atendidos.
Tanto que, o Barcelona teve que aliviar sua folha salarial mandando embora alguns jogadores, que entraram no critério de não estar nos planos de Ronald Koeman. Sendo eles: Suárez, Vidal e Rakitic, que deixaram a Catalunha por quase nada. Em contrapartida, negociaram o brasileiro Arthur por 72 milhões de euros com a Juventus, e o português Nelson Semedo no valor de 30 milhões de euros com o Woverhampton. No entanto, não foi o suficiente para suprir a quantia necessária.
Com isso, na segunda-feira (05), o Barça divulgou um relatório financeiro, na qual registrou um prejuízo de 97 milhões de euros, e por isso decidiu tomar a atitude do corte salarial. Assim, de acordo com a TV3, o clube comunicou os seus jogadores, por escrito, que por conta dos problemas trazidos pela pandemia, haverá um processo para modificar as condições de trabalho, e ainda cita que a decisão está de acordo com a legislação.
“Agora temos que remar, ajustar o barco para levá-lo ao porto e que a crise afete o menos possível em curto prazo”, afirmou Jordi Moix, vice-presidente do Barcelona. Os funcionários foram orientados a escolherem um titular de cada setor para representá-los nas negociações, e esses representantes devem ser escolhidos nos próximos 15 dias.
O Barcelona ainda teve uma queda brusca na receita de vendas de ingressos, pois foi forçado a realizar os jogos em casa sem torcedores. Além disso, a receita de visitas e merchandising também foram gravemente afetas por conta da queda do turismo na cidade. Visto isso, a receita mostrou uma queda de 14% em relação a 2019.
Sendo assim, a situação financeira é o principal problema que assola o Barcelona. E mesmo que a redução salarial seja adotada, ainda pode levar meses para os donos do Camp Nou voltarem aos trilhos econômicos.
Nessa quarta-feira (07), o Barcelona foi avisado que os jogadores não ficaram contentes com a decisão. Assim, ameaçaram sair em janeiro, no mercado de inverno, aproveitando o limite legal do processo caso ele comece imediatamente.
Ou seja, os jogadores Balugrana, assim como a entidade, estão se prendendo a legislação. Na qual a lei, baseada no artigo 14 do Estatuto do Trabalhador, protege os atletas, e é o artigo base da redução salarial que o Barça pretende fazer.
Vale lembrar que não é a primeira vez que um atleta recorre ao Estatuto do Trabalhador. Caso os jogadores consigam apoio desse artigo, teriam a rescisão de seus contratos e poderiam sair em janeiro ou em julho. Por isso, o Barcelona abrirá a possibilidade de negociar cada caso individualmente.
Foto de capa: Getty Images
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