Barcelona

Conheça a regra da La Liga que fez Messi deixar o Barcelona após 21 anos

O Barcelona alegou em nota oficial que a saída de Messi do clube se deu por conta de “obstáculos econômicos e estruturais (normativa da Liga Espanhola)”. Em outras palavras, as exigências trazidas pelo fair play financeiro vigente na Espanha. Contudo, por que o Barcelona precisou abrir mão do maior jogador da sua história? A situação é grave.

Mesmo sem revelar o custo de Messi por temporada, não registrá-lo indica o quão apertado está em relação ao teto salarial determinado para si na temporada. Então, o fair play financeiro da Espanha adota um modelo preventivo, impedindo que clubes estourem suas contas.

Esse formato contrapõe o modelo detectivo — adotado pela Uefa e outras ligas europeias, como Inglaterra e França — ou punitivo. Esse modelo “espera” para ver o desempenho dos clubes na gestão financeira e, então, age para sancionar ou advertir. Antes do início do Campeonato Espanhol, La Liga publica o chamado “limite de custo de plantel esportivo”.

Nessa conta, fazem parte os pagamentos a jogadores, técnico, assistente e preparador físico. Então, se o Barcelona não tem a receita recorrente, histórica, nos últimos anos, ele não consegue inscrever Messi, porque significa que ele não tem condição de pagar o jogador no próximo ano. O fair play preventivo evita que o problema aconteça.

Números do Barcelona impedem inscrição de Messi

O limite de custos para o Barcelona na temporada 2020/21 iniciou em 382 milhões de euros (R$ 2,35 bilhões). Porém, caiu para 347 milhões de euros (R$ 2,1 bilhões) em janeiro. Na temporada anterior, pré-pandemia, o clube podia gastar até 656 milhões de euros (R$ 4 bilhões). A pandemia causou fortes danos ao clube catalão.

A La Liga ainda não atualizou os números para 2021/2022, mas, segundo o jornal The Guardian, o teto giraria em torno de 200 milhões de euros (R$ 1,2 bilhão). O último balanço financeiro do Barcelona, em janeiro, indica uma redução de 126 milhões de euros entre julho de 2019 e junho de 2020.

Para se enquadrar, o meio mais eficaz é cortar salários. Desde a temporada passada que o clube catalão tenta vender jogadores e propor redução salarial para outros do elenco. Uma prova disso é a tentativa constante de vender Philippe Coutinho, Samuel Umtiti e Miralem Pjanic, já que o trio possui salário altíssimo, mas não conseguiu.

Dessa forma, sem espaço para inscrever Lionel Messi, o argentino precisou deixar a equipe. As recentes contratações do Barcelona ainda não foram inscritas e há dúvidas sobre o que acontecerá. No momento, o clube Blaugrana segue o movimento tentando cortar custos.

Jonatas Magno

Editor do MF. Um jornalista em formação apaixonado por futebol.

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