Messi fala da sua infância, da Argentina e da sua vida pessoal

Lionel Messi, estrela do Barcelona, concedeu uma entrevista ao Diario Olé, da Argentina, onde falou sobre algumas memórias de infância e sobre a sua vida pessoal e familiar.

Memórias de infância

“Aos quatro ou cinco anos já brincava com a bola, assim que comecei a andar. Me lembro dos meus primeiros jogos no Grandoli. Tenho irmãos e primos mais velhos e sempre nos juntávamos para brincar. Não me lembro da primeira bola, mas sempre estava comigo, aí comecei a jogar em um clube”

A distância de casa

“Sempre chorei quando voltei de Rosario. Eu queria voltar para continuar fazendo a mesma coisa, mas foi difícil deixar tudo que eu tinha. Eu sabia que levaria pelo menos seis meses antes de voltar para casa. Eu também perdi muitos amigos, era muito difícil me comunicar. Hoje, qualquer criança de 13 ou 14 anos tem telefone, mas naquela época não. Ainda mais na Argentina, foi muito difícil e perdi os relacionamentos. Parei de falar com muitas pessoas por causa da distância”

Máscara de puyol

“Naquela época eu estava nos cadetes (sub-16 do Barcelona), acho que tinha 14 ou 15 anos… E um fim de semana, em uma partida contra o Espanyol, levei uma cotovelada e minha bochecha fraturou. No fim de semana seguinte estávamos jogando a final da Copa Catalunha, que foi disputada naquela época e não sei se ainda é disputada… E, nessa idade, é como se fosse um torneio muito importante. A mesma coisa aconteceu com Puyol e ele estava jogando com máscara por não sei quanto tempo. E eles me deram a máscara e eu brinquei com ele. Treinei algumas vezes, entrei para jogar cinco minutos e foi impossível, era grande demais para mim, se movia para todo lado, então eu tirei. Joguei um pouco, acho que marquei dois gols e vencemos por 3×0. E, depois de 30 minutos, eles me tiraram. Meu pai gritava com o treinador pra não jogar sem máscara, pra tirar ele, sei lá, e no final, eles me tiraram. Mas naquele momento não percebi o perigo, o que poderia acontecer. Eu queria jogar, não importava como. Naquele momento, isso me incomodava, baixava a cabeça e não via a bola, então tirei e continuei jogando.”

Vida familiar

“A verdade é que não saímos muito por causa do dia-a-dia das crianças. Nós temos três e, no final, você acaba se adaptando à rotina deles. Eles saem da escola e fazem alguma coisa. Você vai buscar eles na escola e eles fazem alguma coisa, até às 20h30 ou 21h, quando a gente come, sem que eles adormeçam… Eles comem, adormecem e nós adormecemos também. Você acaba exausto.”

Seus filhos Thiago e Mateo

“O Thiago não gosta, não gosta de ser reconhecido… Ele é muito tímido e passa por maus momentos. E o Mateo é o contrário, não se preocupa em ser reconhecido, nem que falem isso ou aquilo, não importa para ele. Thiago acha isso um pouco mais difícil. Mas ambos percebem isso.”

Escola

“A verdade é que não gostava de estudar e era difícil para mim, mas sempre me comportei bem. Fiz o ensino médio aqui na Espanha. Não prestei atenção, foi difícil pra mim, mas eu estava bem, me comportava bem.”

Outras paixões

“Gosto de padel, assisto tênis. Jogo muito com o Pepe Costa, corro e ele mostra sua qualidade! Também não jogamos muito porque temos jogos a cada três dias, mas gosto disso.”

A dificuldade de ser Messi

“A questão de sair. Às vezes você quer passar despercebido e entrar em lugares onde tem muita gente ou em um shopping, é mais complicado. Acontece que há momentos em que você quer ficar sem essa pressão.”

O segredo da milanesa caseira de sua mãe

“O molho que vai por cima da milanesa! Já comi muitas muito boas, mas essa é a primeira, que eu comia em casa. Outros também experimentaram e dizem que é verdade. É o que eu comia quando era criança.”