Lazaroni.Treino Botafogo no Estadio Nilton Santos. 02 de Outubro de 2020, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Foto: Vitor Silva/Botafogo. Imagem protegida pela Lei do Direito Autoral Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998.
Em um ano marcado por diversos erros – número alto de contratações com baixo índice de sucesso, trocas no comando técnico, empréstimos questionáveis e política turbulenta -, é difícil, se não impossível, explicar a crise alvinegra a partir de um único aspecto. A demissão de Bruno Lazaroni, ex-auxiliar técnico do clube, no entanto, pode ser citada como um dos fatores chave para explicá-la.
No início do Campeonato Brasileiro, o Botafogo ficou marcado por realizar belas partidas, porém não conseguir resultados: as chances desperdiças acumulavam-se e o time costumava deixar os adversários marcarem ao final do jogo. Ao longo do primeiro turno da competição, sob a chefia de Paulo Autuori, o time deixou de mostrar o futebol inicialmente apresentado, passando a realizar partidas ruins com uma frequência cada vez maior. Sem resultados e sem bom futebol, o comitê gestor do Glorioso optou por demiti-lo do cargo e efetivar o até então auxiliar técnico Bruno Lazaroni.
Sentiu-se imediatamente a mudança: duas vitórias crucias contra Palmeiras e Sport. Depois, uma sequência ruim o fez deixar o cargo: empate contra Goiás e derrotas para Cuiabá (Copa do Brasil) e Grêmio. Por que esta decisão pode ser considerada equivocada? Simples: o time mostrava uma perspectiva de futuro seguro no Brasileirão.
Lazaroni corrigiu o erro fundamental de Autuori, a criticada linha de três zagueiros. Com a linha de três zagueiros, sem um primeiro volante, Caio Alexandre e Honda voltavam mais para buscar o jogo. O ataque ocorria, portanto, pelos dois alas, Kevin e Victor Luís, questionados pela torcida. Lazaroni consertou esse problema deslocando Rafael Forster para a posição de primeiro volante. Assim, permitiu com que Honda e Caio Alexandre subissem mais ao ataque, dando qualidade ao setor ofensivo do Botafogo. A partir desta mudança, o ataque alvinegro passou a ter mais qualidade e o time conseguiu as duas importantes vitórias.
Era natural que uma sequência ruim viesse, já que o técnico era ainda inexperiente e iria cometer erros. Estes, contudo, custaram o cargo do recém promovido treinador. A torcida criticou imensamente sua escalação – de fato equivocada – contra o Cuiabá, na qual Cícero começou jogando. A diretoria, também insatisfeita, demitiu-o. Depois desta decisão, o time não tornou a vencer e enfrenta uma sequência de três derrotas seguidas.
Se a saída não tivesse ocorrido, provavelmente o time não estaria na 19ª colocação. Mesmo sem realizar partidas brilhantes, Honda havia encontrado sua posição ideal, assim como Caio Alexandre. Atualmente, os dois estão em baixa, assim como todo o elenco. A situação se torna cada vez mais delicada e margem de erro cada vez menor.
Créditos da imagem: Vítor Silva/Botafogo
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