Com adiamento da Justiça, Botafogo escapa de ser punido no Ato Trabalhista
Mesmo com o vencimento do prazo para a quitação de R$ 7,2 milhões do programa de parcelamento de dívidas, o Botafogo escapou, pelo menos por ora, da exclusão do Ato Trabalhista. O clube carioca recebeu a autorização para aguardar o julgamento, que está no Tribunal Regional do Trabalho da Primeira Região. De acordo com a publicação da última quinta-feira, a decisão da juíza do trabalho Marcia Regina Leal Campos deve aguardar a decisão do colegiado de desembargadores sobre o tema.
No final do ano passado, ficou decidido anular o sobrestamento concedido ao Botafogo, referente às parcelas de abril, maio, junho e julho, pela desembargadora corregedora regional Mery Bucker Caminha, da Coordenadoria de Apoio à Execução do TRT-1, o que autorizou o Botafogo a não fazer os depósitos mensais, devido a crise provocada pela pandemia do novo coronavírus.
Já no mês de janeiro de 2021, sob nova gestão, o Botafogo pediu efeito suspensivo até o julgamento, e o recurso acabou aceito, onde Jorge Fernando Gonçalves da Fonte, desembargador corregedor regional do TRT/RJ, deixou a cargo do colegiado, a manifestação sobre a suspensão. Durante a última semana, a tensão aumentou, pela expectativa do que poderia ficar definido, até o despacho da juíza Marcia Campos, que ocorreu nesta última quinta-feira.
A atual diretoria do Botafogo se comprometeu a acertar as parcelas em questão. No atual momento, devido às dificuldades impostas pela pandemia, os dirigentes não conseguem previsionar uma data para se iniciar os pagamentos. Diante do acordo feito anteriormente, o Botafogo teria que pagar R$ 1,8 milhão mensais no Ato Trabalhista, e este valor seria dividido entre credores que não receberam pelos contratos que foram sacramentados anteriormente. Em caso da exclusão do programa, a situação poderia piorar, já que mais pedidos de penhora podem acontecer, o que dificultaria mais ainda a situação financeira do clube carioca.
(Foto: Twitter/Frente Alvinegra)