Entrevista com o atacante Lincom, do Brasil de Pelotas

Orlando Francisco Peres Junior, nasceu no dia 17 de fevereiro de 1984. Foi revelado pelo Lemense e possui passagens por Criciúma e Corinthians. Conhecido e reconhecido pelo seu faro de gol, sendo o maior artilheiro da história do Bragantino. Atualmente está no Brasil de Pelotas.

Agradecimento: Alice Pereira, colunista do Brasil de Pelotas, pela pergunta referente ao Xavante.

 

1- Nasceu na cidade de Birigui-SP, no dia 17 de fevereiro de 1984, sendo revelado pelo Lemense e depois pelo Araçatuba-SP. Quais foram os principais ensinamentos daquele tempo que leva até os dias atuais? Saberia informar sobre o atual momento do futebol na cidade de Araçatuba?

R: Sou de Birigui, meu 1º clube como profissional foi o Lemense em 2003 e como base tenho a referência da escolinha do Bandeirante de Birigui. No Araçatuba tive apenas uma rápida passagem sem sucesso e sobre a situação atual tanto o Araçatuba como o Bandeirante não está disputando campeonato profissional este ano.

 

2- Atuou em muitos clubes do interior paulista, em divisões inferiores e na primeira divisão (Sertãozinho, Portuguesa Santista, Rio Branco, Ituano, Penapolense e São Caetano). Descreva sobre os pontos positivos e negativos em se jogar no interior de São Paulo? Diga-nos sobre sua passagem pelo Rio Branco na Série A2 em 2009 e pelo São Caetano neste ano?

R: Sou um jogador que conheço bem os estaduais de São Paulo, já disputei a extinta B1, Série A2 e Paulistão em clubes diferentes e pessoalmente fui bem sucedido na maioria deles como por exemplo no Rio Branco onde marquei 40 gols, tive um acesso ao Paulistão e fui artilheiro da A2 em 2009. Pela Portuguesa Santista eu considero um divisor de águas na minha carreira, pois eu vinha de uma passagem apagada pela 4º divisão no Araçatuba quando apareceu a oportunidade de fazer um teste na santista que disputava a Série C do Brasileiro, no meu primeiro treino fiz dois gols e o treinador (Paulo Robson) já pediu pra eu assinar o contrato e no ano seguinte eu estava disputando a elite do Paulistão e marquei o gol mais importante da minha carreira até aquele momento que foi no Pacaembu contra o Corinthians, de lá pra sempre tive convites de outros clubes e pude progredir na profissão. Este ano pelo São Caetano eu tratei como um recomeço, já que em 2016 eu fiquei dez meses sem jogar devido a uma contusão difícil de sarar e graças a Deus, fui feliz mais uma vez podendo marcar gols e ajudar na conquista do título.

Foto: AD São Caetano.

 

3- Em 2007, teve sua única experiência internacional, pelo Westerlo (Bélgica). Quais são as diferenças entre o futebol belga e o brasileiro? Se recebesse a oportunidade de retornar ao futebol europeu, aceitaria a proposta?

R: Em 2007, eu estava me preparando para disputar o Paulistão pelo Sertãozinho quando ainda em janeiro apareceu essa oportunidade de ir pra Bélgica, no início não gostei muito, era muito frio e no extra campo eu acabei exagerando da vida noturna e isso me prejudicou, pois eu tinha dois anos de contrato é só fiquei um. Se surgisse a oportunidade de voltar eu iria pra refazer tudo na maneira correta dessa vez.

 

4- Entre 2009 a 2011, chegou a vestir as camisas do Sport e do Criciúma. Quais foram os motivos para que não conseguisse sequência no Sport? Descreva a torcida e a estrutura de ambos os clubes?

R: Sobre minhas passagens por Sport e Criciúma, posso sim te afirmar que no Sport não foi como eu planejei, até porque era um contrato curto e acabei jogando pouco, mas no Criciúma fiquei um ano e meio e conquistei o acesso a série B sendo artilheiro da equipe e no catarinense fomos campeões do primeiro turno e eu acabei o campeonato novamente como artilheiro do time, foram 17 gols pelo Criciúma o que me faz pensar que foi uma boa passagem.

 

5- No Bragantino, chegou ao ápice em termos de desempenho, sendo o maior artilheiro da história do Massa Bruta. Para você, qual a sensação de ter feito mais de 70 gols em um clube de tamanha tradição? O Bragantino apresenta condições de retornar a Série B em 2018? Qual a sua principal recordação do clube?

R: Pelo Bragantino realmente foi onde vivi meus melhores momentos me tornando maior artilheiro da história com 72 gols e um carinho enorme pelo clube e pela cidade. Acredito que tem sim condições de voltar a série B pois o time tem uma boa base que já está entrosada.

 

6- Em 2015, chegou ao Corinthians, mesmo sendo uma passagem rápida, foi campeão brasileiro. Como foi conquistar o maior título nacional? Descreva sobre a pressão da torcida e a organização do clube? Como é ser treinado pelo melhor técnico da atualidade no país, Tite?

R: Sobre o Corinthians só tenho coisas boas a falar, apesar de ter ficado um pouco de frustração por ter tido poucas oportunidades eu fiquei muito feliz e realizado por ter conseguido chegar em um grande clube do estado e ter conquistado o título de campeão brasileiro, isso será eterno pra mim pois ter trabalhado com Tite que hoje é o técnico e principal nome dessa ascensão da seleção será sempre motivo de honra pra mim.

Foto: Daniel Augusto Jr/ Ag. Corinthians.

 

7- No segundo semestre irá jogar pelo Brasil de Pelotas. Como sendo a sua adaptação e desempenho no novo clube? Qual a relação sua com a torcida Xavante? Aborde sobre o tema Série B, o Brasil vai conseguir o acesso para Série A do Brasileiro?

R: Cheguei a pouco no Brasil de Pelotas e sobre o torcedor não tive muito contato ainda, mas já sei que é considerada uma das torcidas mais fanáticas do Brasil, a expectativa é boa e estou confiante em fazer um bom campeonato.