Enrico Bueno de Moraes Ambrogini tem uma carreira próxima de uma década dentro do futebol, mesmo assim já acumula trabalhos importantes no Bom Senso FC, Athletico Paranaense e no Espírito Santo. Atualmente faz parte da reconstrução da Inter de Limeira que em 2021 disputará a Série D do Brasileiro
1- Formado em engenharia pela UFSCar, quando e por qual motivo entrou no mundo do futebol? Na sua carreira trabalhou no Bom Senso FC juntamente com Alex, Fernando Prass e Paulo André, além de um estágio no Flamengo (na época de Rodrigo Caetano), scouting no Athletico Paranaense e CEO do Espírito Santo FC, existe alguma semelhança entre os formatos trabalhados nestes diferentes locais? Por qual motivo o movimento por um futebol mais justo e dinâmico se encerrou em 2016? O time capixaba era referência na organização, mas nos últimos anos acabou diminuindo o ritmo, o que falta para o futebol no estado evolua no cenário nacional?
R: Paixão pelo esporte. Quando eu abri minha própria empresa de gestão, conheci o Paulo André por intermédio de um amigo em comum. Ele me comentou que estava começando o Bom Senso FC e me convidou pra ser o diretor executivo com foco justamente na gestão e organização corporativa. Continuando sobre o Bom Senso, o final foi por perda de interesse/renovação dos atletas, além dos diretores começarem a seguir outras carreiras. Semelhança sobre os clubes talvez seja o nível de gestão profissional em todos. Ao falar do Espírito Santo acredito que mais clubes empresa com a cabeça de gestão profissional.
2- Depois de tudo isso se formou em Gestão Esportiva na Universidade de Londres, qual a importância deste curso para sua formação acadêmica e de vida? Retornando ao fator CEO, qual o papel deste profissional para aqueles que não sabem corretamente sobre esta função? Por quais motivos equipes como Botafogo e Vasco buscaram um gestor para suas agremiações nos últimos anos?
R: Com certeza absorver conhecimento já é o diferencial de qualquer curso, mas eu fui em busca de conhecer o centro da gestão esportiva profissional existente no mundo. O CEO é o profissional de maior “patente” dentro de uma empresa. Ele é o responsável por implementar a estratégia do Conselho. Esse profissional se mostrou fundamental hoje por ser generalista, precisa ser responsável não só pelo futebol, mas também por marketing, finanças, comunicação, etc. Percebeu-se, com certo atraso, que as áreas precisam sim estar alinhadas. Essa é a grande função do CEO. É um gestor administrativo competente pra refazer o planejamento de um clube. Normalmente sua função é analisar e reduzir perdas, desperdícios e retrabalho em todas as áreas. Assim, o clube se reorganiza e se prepara para fazer investimentos de forma correta seguindo a sua estratégia pré-definida (gerar lucro, crescimento de ativos, sucesso esportivo, etc).
3- Ano passado, a Inter de Limeira tinha a menor folha do Paulistão (240 mil por mês) e mesmo assim o trabalho do Elano foi bem avaliado, juntamente com o seu. Por quais motivos o time conseguir ir tão longe com pouco recurso? Como foi o processo de redução da dívida da equipe no último ano e além disso como foi reestruturar em tempo recorde os departamentos de futebol, comunicação e jurídico da equipe? Jogadores como Lucas Lima foram revelados no time, como está sendo o trabalho para desenvolver novos atletas?
R: Tivemos sucesso por fazer investimento cirúrgico com noções de prioridade e relevância. Nosso trabalho foi buscar a redução da dívida: trocar dívida “cara” por dívida mais barata. Isso foi feito junto aos departamentos financeiros e jurídico. Não tem nenhum problema o time/empresa ter dívida, só precisa estar equilibrada e equacionada para não interferir no fluxo diário. A base foi por muito tempo terceirizada por aqui. Todos os contratos com os investidores da base foram terminados e agora a base é 100% da Internacional.
4- Falando em montagem de elenco, a equipe do Interior está investindo forte em termos de contratações trazendo jogadores como Renan Fonseca (zagueiro), Jander (lateral-esquerdo) Ferrugem (volante), Rondinelly (meia) e Roger (atacante). Quais as perspectivas para o decorrer do estadual? A equipe também disputará a Série D do Brasileiro, isso de alguma forma atrai os jogadores para serem adquiridos por seu time? Por quais motivos foi escolhido o nome de Thiago Carpini para treinador?
R: Boas expectativas, mas sempre com pé no chão. É um objetivo por vez. Fazer os 12 pontos necessários pra se manter e depois pensar em coisa maior. Com certeza ter calendário anual é um diferencial pra nós, isso ajuda sim. Nossa escolha de técnico envolve capacidade técnica, excelente relacionamento, estilo de jogo moderno e em linha com o que o clube pensa.
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