Diego da Silva Giaretta, mais conhecido como Diego Giaretta, nasceu no dia 27 de Novembro de 1983, tem 36 anos e disputou o último Paulistão pelo Mirassol, ele também têm passagens por Figueirense, Grêmio Barueri, Botafogo, Atlético Goianiense, Criciúma, Vila Nova e Guarani
1- Você é natural de Cascavel, e começou sua carreira no clube da cidade. É um prazer para um jovem representar o clube de sua cidade natal?
R: Sem dúvidas, essa de onde eu comecei foi realmente aqui no clube da cidade, o Cascavel, bem no começo da carreira mesmo, ainda tive a chance de fazer alguns jogos aqui. Depois eu saí e onde tudo aconteceu foi fora, mas sem dúvidas, meu grande começo foi aqui no Cascavel. Agora estou aqui acompanhando, vi que melhorou bastante, cresceu muito, investiram bastante no futebol, mudou toda a situação, clube está na primeira divisão do estadual, e isso é muito legal para gente que é da cidade. Espero de repente antes de parar ainda jogar no clube da cidade, onde comecei, muitos jogadores fazem isso e para mim seria um grande prazer sem dúvida alguma encerrar aqui.
2- Após isso você teve passagens por Marcílio Dias, Brusque, Juventus de Jaraguá e Metropolitano, até chegar ao Figueirense. O que você tem a dizer sobre essa passagem toda pelo estado de Santa Catarina?
R: Sem dúvida alguma a minha grande sequência foi em Santa Catarina, onde subi com o Brusque em 2006, além do Marcílio em 2004 depois fiquei algum tempo lá, joguei no Metropolitano, Juventus, Chapecoense também, a Série C pela Chape em 2007, e assim fui pro Figueirense, e depois fui pra São Paulo. Logo depois ainda voltei, onde ainda fiz duas temporadas boas. Eu gosto muito de Santa Catarina, é um estado onde evoluiu muito no futebol, os clubes que eu passei fui feliz, me senti muito à vontade, tenho um carinho muito grande pelo estado.
3- Em 2008 Você foi para São Paulo atuar pelo Grêmio Barueri, clube o qual você ficou, entre idas e vindas até 2012, participando inclusive 2 vezes do Campeonato Brasileiro da Série A. O que você tem a dizer sobre essa longa passagem por esse clube no qual atuou com grandes jogadores como Ralf, Leandro Castán, Willian José entre outros?
R: Isso mesmo, eu saí do Figueirense, e o técnico que eu subi o Brusque na época, o Gelson (Gelsinho), já estava no Barueri, daí fiz uma campanha boa pelo Figueirense e o pessoal do clube viu, e entre os nomes de contratações para o início da temporada o meu estava lá, quando o Gelson viu, lembrou de mim, perguntou se era o mesmo, aprovou a contratação e pediu. Foi onde tudo começou, fiz contrato de empréstimo, um ano, joguei só 12 jogos no primeiro ano, mas o pessoal me comprou, uma investidora comprou meu passe e fiz um contrato longo, de cinco anos, 2008 até 2012. Assim subimos em 2008, 2009 joguei a Série A do Brasileiro, 2010 time mudou, foi pra Prudente e eu fui junto, joguei outra Série A, 2011 fui emprestado para o Incheon United, da Coreia do Sul e quando voltei o time havia retornado para Barueri, fiquei o final de 2011 e 2012, onde no final do meu contrato consegui a rescisão, o time tava numa situação bem ruim e fui para o Atlético-GO. Mas 2008 e 2009 foi esse pessoal todo Ralf, Castán, Márcio Careca, Fernandinho, Pedrão, Val Baiano, tinha Renê o goleiro, Márcio goleiro também, Amaral estava na época, Alberto que jogou no Santos, passou muita gente boa ali, e eu tive o prazer de estar com essa galera toda. Depois foi todo mundo para um canto, mas a galera se encontrava quando jogava contra e foi um ano que marcou, sem dúvida.
4- Após isso, você teve uma passagem pelo Atlético Goianiense e uma rápida experiência na China, país no qual muitos atletas brasileiros têm dificuldade de adaptação. O que você tem a dizer sobre essas 2 temporadas, principalmente dos desafios que você passou fora do país?
R: No Atlético foi bom, pois o Barueri já estava em uma situação delicada, 2012 mudou o presidente, mas o auxiliar do Renê Simões, o Chico, lembrou de mim, trabalhamos juntos no Barueri, e me levou pra Goiânia, fiquei dois anos, cheguei ainda estavam na Série A, já era o Adson que estava à frente do clube. Para mim foi muito bom, terminei o ano jogando a Série A, peguei gosto pelo time. Quando cheguei o time estava mal já e acabamos caindo, mas no ano seguinte joguei a Série B toda com eles, e queria muito ter ficado de 2013 pra 2014, mas apareceu uma situação da China, onde a questão financeira foi predominante, a adaptação foi muito ruim, fui pra um time de interior e não estavam preparados para receber as famílias dos atletas, logo tive muita dificuldade com visto para a minha esposa e meu filho na época, com escola, estrutura também, o clube não ajudava em nada, para oferecer esse amparo pra família, e ainda era um clube novo, fui abrir as portas, mas acabei voltando um pouco antes. Alguns amigos que estavam foram para outros clubes com mais estrutura, mas comigo foi bem ruim, Complicada a experiência, muito pela questão da família, eles não estavam bem, consequentemente eu não estava bem, não conseguia ficar à vontade e render. Mas foi uma experiência e se tiver a oportunidade espero voltar para uma situação melhor.
5- Em 2015, você teve sua segunda passagem pelo Botafogo, desta vez sendo titular na campanha do título da Série B, quais as lembranças que você têm daquele elenco, e tem alguma história para contar?
R: Em 2015, quando voltei da China, Deus abriu as portas e fui para o Botafogo do Renê Simões, tinha trabalhado com ele no Atlético-GO e no Barueri, ele nem sabia de mim pois estava fora, quando cheguei vi que ele estava no clube, falei com ele e ele me colocou na vaga que faltava para preencher o elenco. E graças a Deus fui bem, joguei de zagueiro, lateral-esquerdo, e até primeiro volante, dos 38 jogos da Série B fiz 34, fora Copa do Brasil e Estadual, onde jogamos a final contra o Vasco, logo que vencemos a taça Guanabara, mas perdemos o primeiro jogo por 1 a 0, e o segundo foi 0 a 0, com o Vasco campeão naquele ano, entretanto fizemos uma boa campanha. No final do ano cumprimos a meta do clube que era o acesso, e conseguimos com título ainda por cima, fui muito feliz, tinha um grande elenco ali com Arão, Lulinha, Daniel Carvalho tive o prazer de jogar com ele, e outros que continuaram no clube, Carleto, Roger Carvalho, enfim muita gente boa ali com pouca gente conhecida, tinha um time modesto pela situação do clube e fiquei muito contente de fazer parte da história do Botafogo, erguer taça com a camisa deles e gravar meu nome no memorial.
6- Em 2016, você retornou ao futebol Catarinense, atuando durante 2 temporadas no Criciúma, mas em nenhuma delas o time encaixou, qual foi o motivo ao seu ponto de vista para não ter dado certo o time nessas temporadas?
R: Isso voltei para Santa Catarina depois do Botafogo, fui para o Criciúma, e fui muito contente nas duas temporadas que fiz, em dois anos fiz 100 jogos, o que é especial pra minha pessoa, já que fui muito regular, uma média de 50 jogos por ano, e tínhamos grandes projetos para subir o Criciúma, tanto no primeiro ano com Roberto Cavalo, como no segundo com Deivid,o ex-atacante, e a comissão dele, logo depois vieram outros, mas ali foi uma questão mais complicada, era clube de um presidente, já era clube empresa, esse que tinha muita pressa, se não tivesse resultado já trocava, foi muita troca de treinador e diretor, foram várias trocas, e cada um que chegava queria fazer do seu jeito e vinha muitos atletas. Mas é um clube muito bom de trabalhar, desde que tenha uma gerência, que tenha um gestor bom com um diretor de confiança onde um possa cuidar do clube e o diretor cuidar do futebol. Ali é muito bom, cidade muito boa e se tiver a oportunidade de voltar para o Criciúma vou ficar muito contente com certeza.
7- Em 2018 você bateu na trave para subir por 3 pontos, com o Vila Nova do Hemerson Maria, tendo como principal ponto do time a defesa. Aquela temporada acabou com um gostinho de “podia mais” para o grupo?
R: Foi uma pena, eu já conhecia o trabalho do Hemerson e pela primeira vez tive a oportunidade de trabalhar com ele, surpreendemos bastante, com baixo investimento, contudo o time encaixou com um grande trabalho do Hemerson e sua comissão, o próprio diretor da época, Felipe Albuquerque que contratou peças pontuais, que deu certo. Um grupo humilde que abraçou a ideia, o ano todo com o mesmo treinador, tanto estadual, Copa do Brasil ou Série B, e faltou duas vitórias em casa ao invés de dois empates, dois jogos que saímos ganhando, mas cedemos empates, foram quatro pontos que merecíamos, o clube merece estar na Série A, pela sua história, torcida, então deixamos esse gostinho e lamentamos por nós e pela torcida, que apoiou a gente, e lamentamos muito. Íamos fazer história naquele clube e seria muito orgulhoso de ter colocado o Vila na Série A, porém bateu na trave. E a defesa realmente, com ajuda do pessoal da frente encaixou ali, ficamos muito tempo com a defesa menos vazada e só perdemos para o Fortaleza no final, mas fizemos um bom trabalho, fiquei muito contente inclusive por ter feito os 38 jogos e ser o único jogador de linha que jogou todos os minutos, num Campeonato Brasileiro da Série B, sem ser substituído, sem sair sem se lesionar e isso é uma marca muito interessante para mim.
8- Na temporada passada você fez uma campanha de meio de tabela com o Guarani e neste início de 2020 jogou o Paulistão pelo Mirassol. Tendo em mente a atual situação do país e do mundo, qual a sua expectativa para o futebol neste ano de 2020?
R: É já no Guarani eu vivi o inverso, era um time montado para subir, mas as coisas não aconteceram até foi pelo contrário em certa época. No estadual não nos classificamos, Copa do Brasil fomos eliminados pelo Avenida com uma derrota de 1 a 0, e no Brasileiro passamos mal bocados, escapamos com o interino, auxiliar na época que foi efetivado, ele conseguiu encaixar o time e livrar essa mancha no clube e em nossas carreiras que seria o rebaixamento. Eu espero que tudo volte ao normal, já está voltando, alguns clubes europeus já estão voltando às atividades, e com um pouco de cuidado, estádios vazios ainda, acredito que consigamos voltar e viver o comum do futebol, mas espero que logo às coisas possam se acertar.
9- Você já um atleta mais experiente, com 36 anos, já tem algum plano para o que fazer quando se aposentar?
R: É já estou com 36, mas graças a deus não tenho histórico de lesões sérias, nunca passei por cirurgia, todo clube que passei tive marcas boas, joguei bastante sempre. Acredito que consigo mais uns três anos, jogar até 39/40 anos acho que consigo, me cuido muito pra isso, trabalho para isso e gosto muito de jogar bola, me cuido pra ter uma carreira longa, então na minha cabeça posso jogar mais uns três anos em alto nível, pelo que me cuido e venho provando nos últimos anos e espero que possa acontecer. Quando parar sinceramente ainda não pensei, não penso muito para manter o foco no que faço hoje, mas acredito que algo dentro do futebol dependendo de onde tiver parando, e vemos muita coisa errada no futebol o que nos chateia muito, porém por ter sido jogador tenho um pensamento diferente, acho que posso ajudar e me encaixar em alguma função, mas espero fazer de form correta, contribuir de maneira que melhore o futebol e mude alguns hábitos, algumas culturas erradas que temos. Então é isso agradeço a oportunidade, e fico a disposição, um abraço.
Foto capa: Mirassol-SP.
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