Como vêm os times da Série B para a reta final?

O Campeonato Brasileiro Série B tem o início de sua 33ª rodada nesta terça-feira (5) com o derby campineiro entre Guarani e Ponte Preta e Cuiabá e Juventude. Dois jogos que valem pela parte de cima da classificação. Duas equipes brigam diretamente pelo título, cinco pelas outras duas vagas do acesso e cinco contra o rebaixamento. Botafogo e Oeste, 19º e 20º caminham para o descenso. Confira como chega cada um dos vinte times para as seis rodadas finais. A competição terminará no próximo dia 30 de janeiro com todos os jogos simultâneos.

América-MG

O Coelho é o melhor time da Série B sem dúvidas. Sob o comando do treinador Lisca, chegou à inédita semifinal de Copa do Brasil, tem o acesso quase confirmado e briga ponto a ponto com a Chapecoense pelo título, que pode ser o segundo em quatro edições. Foram 18 vitórias, 9 empates e 5 derrotas para a equipe da Arena Independência. Consistência e planejamento são sintetizados na sequência de sete jogos sem perder com um empate diante da Chape e com 56 cartões tomados (53 amarelos e 3 vermelhos), sendo o mais disciplinado. Com a vaga na primeira divisão garantida, disputa o título ante os catarinenses.

(Mourão Panda/AFC)

Chapecoense

A Chape soube se impor na Série B e foi regular durante toda a competição sob o comando de Umberto Louzer. Muito diferente do início de ano quando a equipe quase caiu no Catarinense. Na B, o time de Chapecó tem a melhor defesa com apenas 14 gols sofridos em 32 jogos e três derrotas para Cuiabá, Cruzeiro e Guarani. A situação é a mesma do América: acesso garantido e disputa pelo título.

Juventude

Também com uma campanha segura, a equipe Jaconera caminha para volta á Série A após 13 anos. Não chegou a brigar pelo título, mas sempre rondou e ficou no G4. Assim como os dois primeiros, teve um técnico somente na Série B, que é Luis Carlos De Oliveira Preto, o Pintado. A campanha de 52 pontos com 14 vitórias, 10 empates e 8 derrotas terá as provas finais para a confirmação na primeira em 2021. E a equipe tem bola para se garantir.

CSA

O Azulão de Alagoas renasceu na Série B depois de um péssimo começo de campanha, muito por conta do surto do covid-19 no elenco, afetando 21 jogadores. Em 2020, o CSA teve quarto treinadores: Maurício Barbieri, Eduardo Baptista, Argel Fuchs e Mozart. Nos primeiros oito jogos, só venceu um jogo. Diante do Cruzeiro, no Rei Pelé, começou a arrancada com apenas cinco derrotas em 24 jogos. No momento, está em 4º brigando pelo acesso.

Cuiabá

O Dourado de Mato Grosso, sediado na cidade homônima perdeu força após a saída de seu treinador Marcelo Chamusca, que está no Fortaleza. O atual treinador é Allan Rodrigo Aal, que vem fazendo uma campanha abaixo do que Chamusca fazia. O returno para a equipe mato-grossense está sendo de apenas quatro vitórias e o acesso que parecia garantido, hoje não é a realidade. Para o Dourado subir, precisa reencontrar o seu futebol.

Guarani

O Bugre começou com Thiago Carpini no comando da equipe e começou a B com cinco derrotas em seis jogos. Depois veio Ricardo Catalá, que também não conseguiu empolgar com a equipe. O atual comandante é Felipe Conceição. Ele que fez uma campanha de acesso com o América em 2019, mas caiu perdeu a vaga na última rodada. O time do Brinco de Ouro ainda sonha com o acesso e também tem condições para chegar.

Ponte Preta

A Macaca de Campinas vive a uma situação parecida como o rival de cidade, briga por fora por uma vaga na primeira divisão. A Ponte teve quatro treinadores na temporada: Gilson Kleina, João Brigatti, Marcelo Oliveira e o agora efetivado Fabinho Moreno. A queda de posições no returno afastou o sonho do acesso e hoje a distância para o G4 é de cinco pontos. A tendência é mais um ano na segunda divisão.

(Ponte Press)

Sampaio Corrêa

A Bolívia do Maranhão fez mais do que era esperado no começo da competição. Cotado como um time para ser rebaixado, foi ganhar a primeira partida na 6ª rodada. Depois arrancou com uma derrota em 15 jogos, sonhando inclusive com o acesso. Só que com cinco derroas em seis partidas, acabou caindo de posições e estacionando no meio de tabela. A Série A é possível, mas distante. A decisão para o time maranhense deve ser o próximo jogo contra o Cruzeiro. Um destaque do time é o artilheiro Caio Dantas, com 17 gols.

Avaí

O Leão da Ilha já pode se dizer que é uma das maiores decepções da Série B de 2020. O clube realizou alto investimento com grandes contratações como Bruno Silva, Edílson, Valdívia, Ralf, Rodrigão, Rildo dentre outro. Na 32ª rodada já se vê praticamente sem chances de acesso (apenas de 2.1% segundo os matemáticos da UFMG). No returno o time azurra conquistou 18 pontos (5 vitórias, 3 empates e 5 derrotas) e no total tem 32 somados (13 vitórias, 5 empates e 14 derrotas). O Leão até tentou a reação trocando Geninho por Claudinei Oliveira após a 27ª rodada mas após 7 pontos nos três primeiros jogos a equipe voltou a cair o rendimento.

Brasil-RS

O Xavante é uma das gratas surpresas da competição, já tendo praticamente assegurado a sua vaga na Série B da temporada que vem com seus 44 pontos somados na competição, deles 20 foram com Hemerson Maria (4 vitórias, 8 empates e 5 derrotas) e os outros 24 após a chegada de Cláudio Tencati (6 vitórias, 6 empates e 3 derrotas). Destaca-se também, o returno do rubro-negro, que tem a 5ª melhor campanha da segunda metade da competição com 22 pontos conquistados, ficando apenas atrás de América-MG, Guarani, CSA e Chapecoense neste turno.

(Carlos Insaurriaga/Brasil-RS)

Confiança

O Dragão Sergipano é outra surpresa na competição, tido por muitos como rebaixado certo, o Confiança se mostrou capaz de jogar a competição de igual para igual com as outras equipes, com 32 rodadas disputadas o Confiança somou 42 pontos e encaminha a permanência na segundona, a equipe até vinha numa baixa com 5 derrotas seguidas, mas na última rodada venceu o Náutico e afastou as chances de rebaixamento. No returno a equipe de Daniel Paulista fez uma honesta campanha, digna de meio de tabela como está com 17 pontos somados (5 vitórias, 2 empates e 6 derrotas).

Operário-PR

O Fantasma de Ponta Grossa é uma das equipes que vêm fazendo uma campanha honesta na Série B. Teve um início de competição que iludiu, chegando a brigar pelo G4 da competição. Mas a grande quantidade de empates estagnou a equipe, foram 12 em 33 jogos, atrás apenas do Brasil-RS. A caminhada foi bem de meio de tabela, provando isso com o saldo de zero gol, 29 marcados e 29 sofridos. No meio da competição, a equipe demitiu o técnico mais longevo entre as três principais divisões, Gerson Gusmão, e contratou Matheus Costa.

Cruzeiro

A grande novidade na Série B de 2020 foi a Raposa de Belo Horizonte. Se muitos colocavam como certo o acesso no começo da competição lá em agosto, o Cruzeiro foi provando ao longo da caminhada que não tinha time para conquistar o feito, decepcionando. Foram quatro treinadores na temporada, três durante a Série B. Enderson Moreira foi demitido com oito jogos, Ney Franco com sete e Felipão chegou para tirar o time da zona de rebaixamento. Conseguiu perdendo dois jogos em 16 disputados. Com poucas chances de queda e quase nulas de acesso, vai basicamente cumprir tabela.

(Gustavo Aleixo/Cruzeiro)

CRB

Uma das maiores decepções da competição e principalmente do returno é o CRB. O Galo da Pajuçara era um dos favoritos ao acesso, mas após a saída do artilheiro do time Léo Gamalho, e do técnico Marcelo Cabo trocar o bicolor pelo Atlético-GO a equipe teve uma queda enorme de rendimento. No returno sem Cabo já passou Ramon Menezes pelo CRB e agora Roberto Fernandes comanda a equipe. No total o time somou 40 pontos na competição (11 vitórias, 7 empates e 14 derrotas) mas apenas 14 no returno (4 vitórias, 2 empates e 7 derrotas), Ramon é considerado um dos grandes responsáveis pela queda de rendimento (2 vitórias, 2 empates e 5 derrotas).

Vitória

O Rubro-Negro Baiano é outra decepção, a equipe que abre a acirrada disputa contra o rebaixamento. Com 37 pontos conquistados (8 vitórias 13 empates e 11 derrotas) o vitória foi irregular durante todo o campeonato. Muito disso se passa pela alta rotatividade de técnicos pela equipe, o Vitória começou o campeonato Com Bruno Pivetti (4 vitórias, 6 empates e 4 derrotas), depois Barroca passou rapidamente pela equipe, pois trocou a equipe nordestina pelo Botafogo após 9 jogos (1 vitória, 5 empates e 3 derrotas), teve o auxíliar Rodrigo Chagas (2 vitórias, 1 empate e 1 derrota) e agora está com Mazola Júnior (1 vitória, 1 empate e 3 derrotas). a irregularidade se demonstra também em campo quando a equipe tem o quarto melhor ataque entretanto a sexta pior defesa com 39 gols marcados e 38 sofridos.

Figueirense

O Furacão do Estreito também briga forte contra o rebaixamento pela terceira vez nos últimos quatro anos. A equipe está no seu terceiro treinador na competição, começou a Série B com Márcio Coelho (1 vitória, 1 empate e 2 derrotas), depois apostou na juventude com Elano, mas não deu certo e ficou apenas 17 rodadas no clube (3 vitórias, 6 empates e 8 derrotas) e vive seu melhor momento na competição com Jorginho (4 vitórias, 4 empates e 3 derrotas). No returno o alvinegro conquistou 16 (4 vitórias, 4 empates e 5 derrotas) de seus 35 pontos (8 vitórias, 11 empates e 13 derrotas) totais na competição. Muito do mal desempenho se da pelo fraco ataque da equipe que fez 27 gols nos 32 jogos e é o terceiro pior.

(Patrick Floriani/FFC)

Náutico

Retornando da terceira divisão, o Náutico é mais uma das equipes na briga contra o rebaixamento na atual Série B. Mais uma equipe que está com seu terceiro técnico na competição, o Náutico iniciou a segundona com Gilmar Dall Pozzo (0 vitórias, 1 empate e 1 derrota), após ele chegou Gilson Kleina, que comandou a equipe em 17 oportunidades (4 vitórias, 5 empates e 8 derrotas) com até três vitórias em seus 5 primeiros jogos, mas com a queda de rendimento ele não resistiu no comando e foi substituído por Hélio dos Anjos (4 vitórias, 3 empates e 4 derrotas). O Alvirubro tem 16 pontos (4 vitórias 4 empates e 5 derrotas) somados no returno e 35 pontos (8 vitórias, 11 empates e 13 derrotas) no total e vinha de cinco jogos de invencibilidade até perder para o Confiança.

Paraná

Uma das maiores decepções do returno e da competição é o Paraná, a equipe começou muito bem e liderou a competição no turno, mas caiu exageradamente seu desempenho. No turno sob comando da Allan Aal (7 vitórias, 7 empates e 5 derrotas), mas após a demissão dele os trabalhos de Rogério Micale (0 vitórias, 1 empate e 5 derrotas) e Gilmar Dall Pozzo (agora também ex-técnico) (1 vitória, 1 empate e 4 derrotas) foram decepcionantes. Com estes números a equipe paranista ostenta a lanterna do returno com cinco pontos ganhos em 13 jogos (1 vitória, 2 empates e 10 derrotas) além de ter a segunda pior defesa do campeonato com 43 gols sofridos nas 32 rodadas disputadas, estes dados fazem com que o time tenha 75% de chances de rebaixamento segundo os matemáticos da UFMG.

Botafogo-SP

A Pantera, após brigar por acesso em 2019, faz uma vexatória campanha na atual Série B sendo considerado virtual rebaixado na 32ª rodada. O tricolor começou a competição com Claudinei Oliveira (5 vitórias, 3 empates e 14 derrotas) que não conseguiu encaixar a equipe e pediu demissão, após isso trouxeram Moacir Júnior (1 vitória, 6 empates e 3 derrotas) mas não mudou muita coisa fazendo a equipe estar nesta complicada situação. Com apenas 27 pontos (6 vitórias, 9 empates e 17 derrotas) nas 32 partidas disputas o Botafogo trilha o caminho de voltar para a terceira divisão, no returno ele também ocupa a vice-lanterna com apenas nove pontos nos 13 jogos (1 vitória, 6 empates e 6 derrotas). A equipe ainda tem o pior ataque da competição com apenas 19 gols marcados.

Oeste

O Rubro-Negro de São Paulo foi disparado o pior time da competição, o que colocou ele na mesma situação do Botafogo, sendo considerado rebaixado na 32ª rodada. Os Paulistas tiveram 3 técnicos na temporada: Renan Freitas (1 vitórias, 3 empates e 8 derrotas), Thiago Caprini (0 vitórias 1 empate e 3 derrotas) e Roberto Cavalo (4 vitórias, 4 empates e 7 derrotas) que fez algo pela equipe na competição, mas mesmo assim é praticamente impossível a permanência do Oeste. Nos 13 jogos do Returno o Oeste somou 16 pontos (4 vitórias, 4 empates e 5 derrotas) de seus 23 no total (5 vitórias, 8 empates e 19 derrotas), estes pouquíssimos pontos da equipe podem ser traduzidos observando que o time possui o segundo pior ataque com apenas 25 gols marcados e a pior defesa com 52 gols sofridos.