Iarley, um simples ser e multicampeão

Pedro Iarley Lima Dantas nasceu no dia 29 de março de 1973 na cidade de Quixeramobim-CE. A sua história de vida é importante pela quebra de paradigmas, atleta marcante no Ceará, Paysandu, Boca Juniors, Internacional e Goiás

 

Início e termino no Ferroviário e passagem pelo Quixadá:

 

Em 1993, aos 19 anos Iarley chega ao Ferroviário Atlético Clube (um dos três maiores clubes do estado do Ceará), na época parecia que seria um atleta de destaque, porém aos poucos a história foi mostrando que ele seria um jogador essencial para muitos clubes. Iniciando pelo próprio Tubarão da Barra onde foi campeão estadual em 1994 (o último título da equipe foi no ano posterior), a situação não era tão fácil assim, pois primeiramente foi obrigado a atuar no clube por influência de um familiar de seu pai.

Além disso, na época recebia uma ajuda de custo, entretanto não era algo garantido e ele precisava jogar no subúrbio nos fins de semana para ganhar 50 cruzeiros reais (moeda em 1993) para conseguir se manter. Ao ver isso foi jogar pelo Quixadá (clube vizinho a sua cidade) emprestado e se destacou chamando a atenção de empresários que o colocaram na Espanha. Em 2014 retornou ao Ferroviário, porém não evitou o descenso da equipe a segunda divisão estadual, mesmo assim na estreia fez 3 gols contra o Crato, após isso se aposentou dos gramados.

 

História de altos e baixos na Espanha:

 

Como dissemos, Iarley foi vendido do Ferroviário para um grupos de empresários que o colocaram em observação no Villareal, após um amistoso foi considerado como maestro e assim ofereceram um contrato de anos com o Real Madrid B. O time secundário na época era composto de Raul, Roberto Carlos, Guti, Casillas, Eto’o e Cambiasso, o treinador era Vicente Del Bosque. O “veterano” de 20 anos vindo do Ceará se destacava e de vez em quando participava de treinamentos do time profissional do Real Madrid.

O time merengue estava interessado na compra do passe, porém os empresários não gostaram do valor proposto, naquela época os clubes espanhóis utilizavam de uma artimanha ruim, o passaporte falso comunitário. O atleta depois do Real Madrid, atuou por AD Ceuta e Melilla (time menores do país), ao descobrir a situação, a Federação Espanhola puniu Iarley por seis meses (ao utilizar o passaporte comunitário), geralmente a punição é dois anos. Ele tinha a vida organizada, no entanto retornou as origens, o estado do Ceará para jogar no Uniclinic.