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MF entrevista o meio-campista Fernando Sobral, do Ceará Sporting Club

Fernando Pereira do Nascimento nasceu no dia 17 de dezembro de 1994 na cidade do Rio de Janeiro. Fostes revelado no Guarany de Sobral e tens passagens por Atlético Goianiense e Sampaio Corrêa. Atualmente está no Ceará SC. Conhecido e reconhecido pela versatilidade em campo e pelos bons arremates de fora da área

 

1- Iniciou sua carreira no Guarany de Sobral. Era o seu time de coração? Como é levar o nome de Sobral para o Brasil inteiro? O Guarany de Sobral apresenta condições de retornar ao melhor momento de sua história (exemplo: título da Série D)? O fato de retornado ao Guarasol ano depois lhe deixa grato pelo trabalho feito? 

R: Falar do Guarany de Sobral é um motivo de muita alegria, gratidão. O time que me projetou no futebol, abriu as portas e profissionalizou um atleta que não teve base e já pude ir diretamente para o profissional. Agradeço aos diretores que estavam na época, pois tiveram muita coragem de colocar um garoto de 16 anos para disputar com vários profissionais. Ainda bem que consegui segurar a responsabilidade e demonstrar um pouco do meu futebol para o Brasil, na oportunidade graças a Deus chegamos em 2013 na final do Campeonato Cearense, fazendo bons jogos. Ali foi onde tudo começou, muita gratidão e acompanho a equipe, acredito que com o passar dos anos o Guarany conseguirá se estruturar melhor e ter capacidade de disputar a Série C no futuro, pois a cidade permite em termos estrutura. Sendo que a nova diretoria melhorou o que estava faltando e estamos na torcida pelo Guarany para que consiga disputar grandes competições no cenário brasileiro.

R: Em relação ao nome, eu não sou Sobralense de origem, nasci no Rio de Janeiro, mas tudo surgiu também no Guarany, quando tive a oportunidade de me profissionalizar, a equipe tinha três jogadores com o nome Fernando, e eu era o da cidade, então ficou como sobrenome. Desde então sou conhecido assim, nunca pensei em tirar o nome do local e eu tenho muito orgulho imenso, da cidade que me acolheu e de onde os meus familiares são. Então eu nunca vou pensar, pois representa ela, dando muita alegria e por todo clube onde passar, os moradores estarão junto comigo mandando energias positivas para que tenha sucesso na carreira. Tamo junto e vamo que vamo.

 

2- Passou por Atlético Goianiense, Sampaio Corrêa e Fluminense de Feira-BA. No Sampaio Corrêa foi seu melhor momento na carreira? Por qual motivo? Você já atuou em todos os setores do meio-campo e até como atacante pela beirada, isso facilita para ser escalado pelo técnico? Tens preferência em atuar em qual posição no campo? Apesar do rebaixamento ano passado, como descreveria sua Série B?

R: Então, do Atlético Goianiense não posso te dizer algo, posso até falar que foi algo frustrante, pois tive muitas expectativas em jogar numa grande equipe do país e assim levei como aprendizado sabendo que o futebol também tem dessas situações e toquei o barco, depois fui para o Fluminense de Feira. No clube tive uma evolução latente e considero sim uma passagem muito boa pela equipe, tenho um carinho enorme pela torcida (sendo que eles comentam as minhas publicações). Além disso o futebol baiano é muito forte e assim consegui evoluir, também tive a oportunidade de chegar no Sampaio Corrêa. Foi um clube onde tive momentos marcantes, o acesso da Série C para a B (graças a Deus conseguimos), no começo foi individualmente ruim, pois machuquei e perdi o primeiro turno, quando voltei já estava na segunda parte do campeonato, assim consegui a minha vaga de titular e tive a oportunidade fazer o gol do acesso (até hoje, as pessoas publicam o jogo do acesso), inclusive eles irão jogar a partida decisiva pela terceira divisão tendo uma grande chance (80% de conseguir o acesso), ficaram no 0 a 0 fora de casa e agora irão atuar em casa (São Luiz). Estou na torcida para que mais um nordestino suba de patamar e sempre que consigo acompanhar eles e sei do que colegas que estão no clube.

R: Tivemos o grande feito, a Copa do Nordeste (sendo o primeiro título da minha carreira). Possuindo grandes clubes da região e posso dizer que foi a conquista maior que tive durante esses anos. Tive alguns acessos, mas o título que faltava e nem nos melhores sonhos poderia acreditar que a competição viria com o Sampaio. Então muito grato a Deus pela oportunidade, em relação a posição fiz alguns jogos como beirada na segunda divisão, como também por dentro no meio-campo. Posso dizer que fiz todos os setores no meio e graças ao pai fui bem. Tenho a característica de marcar e apoiar bem, então treinamos muito para fazer isso com efetividade. Aqui no Ceará estou tendo a oportunidade de estar jogando de beirada e já conversei com o Enderson e também no Lisca, dizendo que caso precisasse ser volante que eles poderiam se sentir seguros, ou jogando por dentro, e vamos continuar trabalhando para buscar a perfeição, assim para que no final tudo saia da melhor maneira.

 
Foto: Ceará SC.
 

3- Atualmente está no Ceará Sporting Club. Tens uma sequência como titular desde Lisca. Existe alguma diferença em termos táticos e técnicos entre o antigo e o novo treinador? Como foi fazer seu primeiro gol com a camisa do alvinegro (naquele jogo contra o Salgueiro)? Quais são as suas expectativas para o decorrer da temporada? Teria algum sonho para realizar com a camisa do Vovô?

R: Então, irmão tive a oportunidade de trabalhar com o Lisca, um profissional de alta qualidade e sou grato de ter trabalhado com ele e entrado em campo na busca de evoluir bastante taticamente e tecnicamente. Eu somente tenho que falar coisas boas deles (desejo sorte onde ele esteja), é claro que com o Enderson tenho mais números de jogos (mesmo já vindo de uma sequência com Lisca). Eles são treinadores excelentes, de qualidade, ótima leitura de jogo, técnicos com capacidade elevada. Taticamente cada um tem sua formação, com certas diferentes, mas devemos nos adequar ao que nos foi pedido por cada um. Tenho que continuar trabalhando, ganhar a confiança de Enderson e estou numa luta diária para evoluir a cada partida, sendo que no final das contas o Ceará ganha com isso. Sou muito feliz de realizar o sonho de jogar no Ceará, um clube de Série A, do meu estado (como morador). Sempre me vi vestindo a camisa do alvinegro e graças a Deus pude realizar, com o primeiro gol contra o Salgueiro, uma felicidade que não cabia no peito. Quero continuar o trabalho de assistências e gols, durante o ano pode ter certeza que sairá mais gols.