O meia-atacante Juninho Quixadá, do Ceará concede entrevista ao site MF

Pedro Julião Azevedo Júnior nasceu no dia 12 de dezembro de 1985 na cidade de Quixadá-CE. Fostes revelado no Quixadá Futebol Clube e possuís passagens por Ferroviário, Ludogorets Razgrad (Bulgária) e Bragantino. Atualmente está no Ceará Sporting Club. Conhecido e reconhecido pela habilidade e rapidez de raciocínio

 

Gosta de alguns esportes além do futebol? Quais?  R: Fórmula I.

Time do coração:  R: Corinthians, hoje não mais.

Um hobby:  R: Tocar contrabaixo.

Filme favorito:  R: História de vida.

Uma música favorita:  R: Ninguém explica Deus.

Melhor jogo da carreira:  R: Ferroviário x Campinense – 2018.

Uma qualidade sua:  R: Simplicidade.

Um defeito seu:  R: Não saber dizer não.

Um orgulho:  R: Ter dignidade e caráter.

Possui algum arrependimento?  R: Não me recordo no momento.

Uma inspiração?  R: Família.

Um lugar que deseja conhecer:  R: USA.

 

1- No início da carreira passou por Quixadá, Horizonte e Tiradentes. Como é ter o nome e representar a cidade onde nasceu em todo canto do mundo? Como poderia analisar as suas passagens por estas equipes? Teria algum conselho para os gestores dos times menores cearenses para que alcancem o sucesso a nível nacional? Poderia nos contar um pouco da história do Quixadá? Como é ter a habilidade de atuar no meio-campo e no ataque ao mesmo tempo?

R: Para mim é uma honra. Mas isso veio por acaso pois quando jogava no Bragantino, tinha vários Juninhos e tínhamos que ter algo para diferenciar, daí tive a ideia de colocar o nome da minha cidade. A minha passagem por essas equipes foram difíceis por varias questões, porém o aprendizado me serviu muito. Para mim o ideal seria se os gestores tivessem um entendimento maior sobre futebol. Minha historia vem de muita luta e dificuldade, e venho tentando aproveitar o máximo o dom que Deus me deu. A habilidade, a ousadia e versatilidade me diferencia um pouco de alguns.

 

2- Tens passagens por Ferroviário e Bragantino. Na época já existia a parceria entre Ferroviário e Bragantino? Qual a sua relação com Marcelo Veiga (na época treinador do Bragantino)? O fato dele ter sido atleta do Ferroviário na década de 1990 facilitava essas negociações entre Ferrão e Massa Bruta? Como foi participar da conquista do acesso à Série C? A equipe vai ser campeã nacional (principalmente após a sua ida ao Castelão e vitória de 3 a 0)? O time cearense se estruturou para chegar longe próximo ano? Como analisas o atual momento do Bragantino?

R: Não sei exatamente se existia parceira entre as duas equipes, relação bem profissional. Cara conseguir esse acesso para mim foi inexplicável. Sonho realizado poder ajudar o Ferrão nesse acesso, tínhamos convicção que seriamos campeões, principalmente depois dos 3 a 0 no primeiro jogo. Com certeza, a estrutura fora de campo foi um dos principais fatores. Sobre o atual momento do Braga, não posso falar muito, pois estou por fora.

 

 

3- Atuou por sete temporadas no Ludogorets Razgrad, da Bulgária. Como é a sua relação com o futebol, cultura e a língua búlgara? Era símbolo de conquistar títulos no país, qual a sensação de ser hepta-campeão nacional e colocar o clube no mapa da Europa? Qual foi o seu momento melhor na equipe? Tens naturalização búlgara, existiu alguma possibilidade de ter atuado na seleção nacional? Como analisas o desenvolvimento dos times e da seleção búlgara? Retornar a Copa do Mundo seria uma meta?

R: Hoje, é uma relação bem mais tranquila, mas no início foi complicado. Sobre os títulos, todos os jogadores se sentiam muito realizados por isso uma sensação única. Até cheguei a ser cogitado para seleção, mas não se concretizou. Eles tem tudo pra crescerem, tem ótimos exemplos bem ali, muito perto deles então a possibilidade de crescerem é grande. Até existe essa meta, mas precisam evoluir bastante.

 

4- Atualmente está no Ceará. Sendo que a sua primeira partida foi muito elogiada pela imprensa, torcida e pelo adversário (Fluminense), como analisas este momento? Como fazer para conter a emoção e se fixar no objetivo da permanência da equipe na Série A? Como recebeu a proposta de sair da quarta divisão para primeira? Ao retornar ao Brasil, acreditava que poderia chegar na Série A tão rápido? És simples no tratar as pessoas, acreditas que essa seja a chave para conseguir alcançar êxito também no futebol?

R: Foi um momento incrível, onde eu pude não só me realizar, mas também pude perceber que seria capaz de ir mais longe. Era muito difícil a missão de permanecer quando cheguei, todavia hoje já podemos acreditar que somos capazes de permanecer. Foi muito complicado para mim essa mudança, sabia que seria difícil, pois na Série A o nível intelectual dos atletas é bem diferente. Mas não poderia recusar sendo que seria um sonho realizado jogar uma Série A e não podia me acovardar diante da situação do Ceara naquele momento. Você respeitar as pessoas não deveria ser uma coisa assim tao difícil e complicada né!? Pois para mim é mais que obrigação. Mas para se ter exito não só no futebol como em qualquer profissão, é preciso muito esforço, perseverança e dedicação.

 

 

5- Uma mensagem para os colunistas e leitores do site mercadodofutebol.com?

R: A minha mensagem à vocês é para sempre trabalhar com a verdade e colocar Deus acima de tudo.