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A revolução no futebol feminino perpassa pela seleção espanhola

Jean Lucas

A atual décima terceira colocada no ranking da FIFA participa pela segunda vez da competição (a tendência é melhorar muito se comparado ao vigésimo lugar de 2015)

 

Campeonato Feminino Nacional:

A Liga Espanhola de Futebol Feminino aos poucos vai aumentando de nível, principalmente pelo apoio das grandes equipes e das torcidas do país. A primeira competição foi em 1988 e atualmente consiste em 16 equipes e 30 rodadas (sendo o Atlético de Madrid, tri-campeão consecutivo). O Real Madrid até o momento não possuí time feminino.

  • Athletic Club – 5 títulos: 2003, 2004, 2005, 2007, 2016.
  • Levante UD – 4 títulos: 1997, 2001, 2002, 2008.
  • FC Barcelona – 4 títulos: 2012, 2013, 2014, 2015.
  • Añorga KKE – 3 títulos: 1992, 1995, 1996.
  • Oroquieta Villaverde – 3 títulos: 1993, 1994, 1999.
  • Rayo Vallecano – 3 títulos: 2009, 2010, 2011.
  • Atlético de Madrid – 3 títulos: 2017, 2018, 2019.
  • RCD Espanyol – 1 título: 2006.
  • Atlético Madrid Féminas – 1 título: 1990.
  • Irex Puebla – 1 título: 2000.
  • Peña Barcelonista Barcilona – 1 título: 1989.
  • Oiartzun KE – 1 título: 1991.
  • Club Atlético Málaga – 1 título: 1998.
 

O caminho para a Copa do Mundo:

De 2015 para o atual momento, a seleção espanhola alcançou resultados interessantes para quem aos poucos vai iniciando sua trajetória. Pelas Eliminatórias da Copa do Mundo foi a primeira que assegurou vaga, pois simplesmente venceu seus oito jogos (contra Áustria, Finlândia, Sérvia e Israel), fazendo 25 gols e sofrendo somente dois.

Apesar desse bom momento, anteriormente teve um tropeço na Eurocopa de 2017. Após passar de fase com três pontos pelo saldo de gols (juntamente com a Inglaterra, num grupo com Portugal e Escócia). Foi eliminado pela Áustria, depois de um 0 a 0 e nas penalidades pelo placar de 5 a 3 (Meseguer foi a única que perdeu o pênalti).

 
Foto: Seleção Espanhola.
 

Elenco para a Copa do Mundo:

Para fazer diferente da Copa passada, Jorge Vilda chegou (pupilo de Luis Aragonés e admirador de Cruyff). O antigo treinador Ignacio Quereda era contestado pelas atletas, pois tratava com rispidez (inclusive elas se juntaram e enviaram uma carta pedindo a demissão). Dentre as ofensas estava o fato de chamar de “gorda” quando não se atingia o padrão físico.

A base da seleção é advinda das conquistas do Mundial sub-17 no Uruguai e da taça da Eurocopa sub-17 (superando a Alemanha), além disso foi campeã da Eurocopa sub-19 (nesse ano) e vice-campeã da Copa do Mundo sub-20. Entre as principais atletas estão Jenni Hermoso (atacante do Atlético de Madrid) e a zagueira Irene Paredes (zagueira do PSG).

Todavia o Barcelona (mesmo não sendo campeã desde 2015) tem 10 atletas na seleção dentre elas: Aitana Bonmatí (meia) e Sandra Paños (goleira). O Levante e o Real Sociedad tem duas jogadoras cada, além disso aparecem Montpellier, Athletic Bilbao (a atacante Lucía Garcia, uma das promessas espanholas) e Seattle Reign (Estados Unidos).

 

Expectativas para a Copa:

A expectativa é de ao menos passar de fase, pois está num grupo com Alemanha (favorita ao primeiro lugar), além de China e África do Sul (forte em seus respectivos continentes). O perigo maior para a disputa do segundo colocado no Grupo B são as chinesas que chegaram às quartas da competição em 2015.