Coluna: Estados Unidos e Irã fazem duelo histórico

Futebol e política se misturaram em alguns momentos da história. Nem sempre o resultado foi algo a ser guardado na memória dos torcedores. Hoje pode ser um caso desses.

Compartilho aqui meu texto sobre o duelo na Copa do Mundo entre Estados Unidos e Irã, que vivem complicações diplomáticas desde a Revolução Iraniana de 1979, resumindo bem.

Durante a confecção desta matéria, recordei-me do curso que realizei no Ensino Médio de Relações Internacionais, brilhantemente ministrado pelos professores Tércio Rigolin e Richard Zimmermann.

Às 16h, Estados Unidos e Irã se enfrentam pela última rodada da fase de grupos, em duelo válido pelo Grupo B. Se houver empate, País de Gales pode se classificar junto da Inglaterra, mas esse cenário é mais improvável. No final das contas, americanos e iranianos fazem o jogo decisivo da chave: quem ganhar, avança às oitavas de final.

Resumindo a rivalidade política

Em 1953, a Operação Ajax, realizada pela CIA com apoio dos britânicos, viabilizou um golpe de Estado no Irã. A virada de mesa derrubou o primeiro-ministro Mohamed Mossadeq e colocou no lugar um homem de confiança do Ocidente.

Em seguida, esse episódio alimentou sentimento antiamericano no território árabe, que atingiu ápice na Revolção Iraniana, em 1979. Desde então, a nação vive sob um regime teocrático com base em interpretação radical do islamismo. Por causa desse processo político, os Estados Unidos romperam com o governo persa.

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