Coluna: Weverton e como mentir com Estatística

Quando a última substituição de Tite, na boa partida da Seleção Brasileira diante da Coréia do Sul, foi anunciada e trouxe a entrada de Weverton, óbvio que fiquei feliz. O goleiro palestrino tem história de vida vencedora e ainda se tratava de um jogador do Palmeiras na Copa do Mundo.

Fiquei também surpreso, porque nunca vi substituição de um arqueiro por outro, faltando apenas 10 minutos para o apito final, mais acréscimos. Muito menos em um mundial…

No entanto, eis a informação: Weverton é o goleiro menos vazado da Copa, ao não sofrer nenhum gol. Quando falo isso, estou mentindo? Sim. O dado é verdadeiro? Sim.

Ocorre que, nesse caso, estou omitindo ao mesmo tempo que o palmeirense esteve em campo apenas por 15 minutos. E, segundo especialistas, omissão é um dos ‘gêneros’ da mentira.

Nesse sentido, recomendo a leitura de Como Mentir com Estatística, do americano Darrel Huff. O livro trata justamente de como números podem ludibriar o público, mesmo que, essencialmente, os dados estejam corretos.

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