Copa do Mundo

Meu jogo de Copa: A primeira eliminação que eu vi do Brasil e uma partida cheia de craques

Em 1 de Julho de 2006, Brasil e França se enfrentaram, no estádio Waldstadion, em Frankfurt, pelas quartas de finais da Copa do Mundo. Até então, ambas as seleções eram favoritas ao título, visto que tinham grandes craques em boa fase. De um lado, o quarteto: Kaká, Ronaldinho, Adriano e Ronaldo, pelo Brasil. De outro, pela França, os craques Zidane, Henry e Vieira desequilibrando e fazendo a equipe francesa jogar um belo futebol, – que acabou os levando até à final, que resultou na vitória nos pênaltis da Itália.

A partida foi vencida pela França, por 1 a 0, e contou com o gol do centroavante Henry, após falha do lateral-esquerdo Roberto Carlos, que estava amarrando as chuteiras durante cobrança de falta da equipe francesa. O fato da eliminação, pra mim, foi muito decepcionante, levando em consideração o fato de que essa foi minha primeira lembrança triste do futebol.

Em julho de 2006, eu tinha 5 anos, já acompanhava futebol, mas não com tanta aptidão igual eu tive após esse jogo. A eliminação fez com que eu pudesse acompanhar mais o esporte e me interessar mais por todo esse meio que é o futebol. Porém, não deixou de ser triste, toda a festa feita pela vizinhança, as bandeirinhas na rua, comemorações antes do jogo, que, depois da partida, viraram choro e tristeza por parte da torcida brasileira.

O jogo:

O Brasil foi eliminado  nas Quartas de Final da Copa do Mundo de 2006 pela França com um gol de Henry aos 12 minutos do segundo tempo. A seleção brasileira, apesar de contar com jogadores renomados e considerados os melhores do mundo, apresentou um futebol muito ruim e só foi capaz de fazer com que o goleiro francês Barthez entrasse em ação por volta dos 45 minutos do segundo tempo. Foi a pior exibição da seleção brasileira numa fase decisiva da Copa do Mundo.

O placar só não foi maior para a França por causa do bom desempenho da defesa brasileira e do seu goleiro Dida, e da baixa qualidade dos atacantes franceses. Mesmo assim, por pouco a França não sai de campo com uma goleada de 3 a 0 em cima do Brasil.

O francês Zidane foi o melhor jogador em campo e sozinho, sem marcação, envolveu o meio de campo brasileiro. Ele foi o articulador de todas as jogadas da França. Bem longe de ser brilhante, a França apresentou durante toda a partida um jogo coletivo bastante superior ao do Brasil, com exceção de alguns minutos no final, e de um ou outro lampejo no começo do primeiro tempo. Os franceses foram eficientes na marcação e anularam as jogadas de ataque brasileiras. No ataque repetiram algumas de suas deficiências dos últimos jogos: impedimentos (em menor número) e gols desperdiçados (principalmente nos contra-ataques, bem armados).

A defesa brasileira repetiu as suas boas atuações dos outros jogos, porém, sobrecarregada, não conseguiu resistir à pressão do ataque francês. O ataque brasileiro não funcionou. Ronaldinho Gaúcho e Kaká não brilharam. Ronaldo tentou mas nas pouquíssimas vezes que teve chance de pegar na bola chutou para fora. No segundo tempo chegou a participar de jogadas de perigo para a França, porém quando o jogo já estava no fim.

O atacante brasileiro Adriano entrou e teve uma atuação bastante apagada. A seleção brasileira começou a jogar menos pior depois que o atacante Robinho entrou aos 34 minutos do segundo tempo, porém não houve tempo para que a pequena reação brasileira no jogo surtisse algum efeito.

Ficha técnica:

BRASIL: Dida – Cafu (Cicinho 75), Lúcio, Juan e Roberto Carlos – Gilberto Silva, Zé Roberto, Juninho (Adriano 63) e Kaká (Robinho 78) – Ronaldinho e Ronaldo. T: Carlos Alberto Parreira.

FRANÇA: Barthez – Sagnol, Thuram, Gallas e Abidal – Makelele, Vieira, Malouda (Wiltord 80) e Zidane – Ribery (Govou 75) e Henry (Saha 85). T: Raymond Domenech.

Estádio: Frankfurt Stadium

Árbitro: Luis Medina Cantalejo, auxiliado por Victoriano Giraldez Carrasco e Pedro Medina Hernandez (trio espanhol)

– Gol –

França: Henry 56

– Cartões Amarelos –

Brasil: Cafu (24), Juan (44), Ronaldo (45) e Lúcio (74)

França: Sagnol (73) e Thuram (87)

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