Yasutoshi Miura, o japonês mais sergipano da Copinha

A história dele se entrecruza com o futebol brasileiro desde 1984, porém somente agora quase 36 anos depois que temos o primeiro japonês técnico de um clube no país

O Brasil aos poucos vai levantando sua face e observando novos nomes, além das fronteiras da América do Sul. Jorge Jesus (Flamengo), Jesualdo Ferreira (Santos) e Augusto Inácio (Avaí) por enquanto são os treinadores de elite que vieram da Europa, todavia tem um asiático que busca aprimorar seu currículo em terras brasileiras.

Yasutoshi Miura (não é tão lembrado como seu irmão), Kazuyoshi Miura ou somente Kazu que se aposentou ano passado aos 51 anos atuando em cinco oportunidades pelo Yokohama FC. O atacante também passou pelo Juventus (base), Palmeiras, Matsubara, CRB, XV de Jaú, Coritiba e Santos (entre 1982 e 1990).

O volante Yasu iniciou sua carreira no Santos (passou duas temporadas sem grandes lembranças da torcida), depois vestiu as camisas de Tokyo Verdy (duas passagens), Shimizu S-Pulse, Avispa Fukuoka e se aposentou em 2003 pelo Vissel Kobe. Vale ressaltar que no melhor momento da sua carreira no Shimizu em 1993, participando de duas partidas pela Seleção Japonesa.

Após um limbo de oito temporadas, em 2011 retornou aos gramados como treinador do Giravanz Kitakyushu (na época foi oitavo colocado da segunda divisão do Japão). Além disso treinou o Tokyo Verdy, Chiangmai (Tailândia), Kataller Toyama e o Kagoshima United (onde foi vice-campeão da terceira japonesa).

Para o treinador, o principal ensinamento que poderá ser repassado é a disciplina oriental, pois para ele os brasileiros já possuem uma técnica apurada. Além disso, sua trajetória de três décadas como jogador/técnico ajudará na evolução profissional de cada jovem atleta do time de Nossa Senhora do Socorro-SE.

Apesar dos resultados ruins na Copinha, revezes contra Fluminense (5×0) e Ituano (2×0) e o empate contra o Vilhenense-RO (1×1), segue o trabalho mesmo com as dificuldades linguísticas (Miura pouco sabe da língua portuguesa e precisa de um intérprete para repassar as informações) para render maiores frutos no futuro.

Foto de capa: Socorro-SE.