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“Louco” e “ligado no 220”. Este é Rodolfo Filemon, o entrevistado da vez no MF

Natural de Luiz Antônio, interior de São Paulo, dedicado e muito persistente, o zagueiro Rodolfo Filemon apareceu para o futebol em 2013, no Sub-20 do São Carlos, atleta da base, que logo no início já chamou a atenção dos seus treinadores. Aos poucos, foi ganhando experiência e a grande vitrine de sua carreira foi sua passagem na URT, que em 2017, teve tudo para ser apontado como o melhor zagueiro da competição. Em 2019, foi um dos grandes destaques do Paraná Clube na Série B do Campeonato Brasileiro, e, hoje, é o nosso entrevistado.

MF – Todo início de carreira no interior não é fácil, ainda mais para um zagueiro, que não é uma posição tão badalada nas peneiras. No seu caso, como foi o seu início de carreira?

RF – Como todo começo não foi fácil, treinava na escolinha da minha cidade Luiz Antônio-SP com o professor Maurício Malaquias e quando conheci um professor de uma escolinha em Ribeirão Preto que me levou para fazer avaliação no Velo Clube de Rio Claro, onde tudo começou.

MF – Seu primeiro trabalho de destaque foi quando se transferiu para o Juventus, como foi este momento?

RF – A chegada no Juventus foi algo que marcou bastante. O elenco era bom e bem unido, o que facilitou nosso entrosamento no grupo. Com o passar dos jogos, o time ganhou mais volume de jogo, e todos acabaram se destacando, cada qual na sua posição, e isso serviu tanto para evoluir cada um dos jogadores, quanto proporcionar vôos maiores para as temporadas seguintes. Na minha situação, em especial, fazia pouco tempo que tinha perdido minha mãe, e minha esposa estava grávida e, já passava pela minha cabeça inclusive abandonar do futebol, o que logo caiu por terra, pois alcançamos o acesso para a Série A2 Paulista e novas oportunidades surgiram.

No Juventus, o primeiro título e as primeiras oportunidades projetaram Filemon para o futebol brasileiro. (Foto: Arquivo pessoal)

MF – Em 2017, na URT, você foi destaque naquele time que foi a sensação do campeonato naquele ano, e por pouco não chegou na final. Como foi aquele momento para você na sua carreira?

RF – O ano de 2017 foi um ano muito especial para minha carreira em tudo acho que foi o melhor ano da minha vida, aonde conseguimos fazer bons jogos e eu me destaquei muito e não imaginava acontecer tudo aquilo que aconteceu aquele ano.

Em 2017, a grande temporada na URT rendeu ao zagueiro ser considerado um dos destaques da competição (Foto: Arquivo pessoal)

MF – Por ser um jogador de muita raça, chegada firme, bom de posicionamento aéreo, isso lhe rendeu entre os amigos o apelido de Rodolfo “Louco”. Quem são seus grandes ‘inspiradores’ neste estilo?

RF – Gosto muito de ver vídeos de jogadores que sempre esbanjaram raça e vontade em campo, como Felipe Melo, o volante Gattuso e o zagueiro Pepe e trato de demonstrar isso dentro de campo e nos treinos ligado nos 220.

MF – Em 2018, você chegou a se transferir para o Santos, seu primeiro clube da Série A, mas não chegou atuar em nenhuma partida no time profissional, apenas no Sub-23. O que isso acrescentou na sua carreira, como aprendizado?

RF – Olha, o fato de não ter tido nenhuma oportunidade na equipe principal, eu não ligo muito porque eu nunca imaginei de ir jogar no Santos. Para mim foi um sonho realizado, só de ir no vestiário e ver o armário do Pelé, de pisar na Vila Belmiro foi tudo um momento mágico, mas se tivesse uma oportunidade agarraria com unha e dentes.

No sub-23 do Santos, em 2018, porém sem oportunidades no time principal, Rodolfo mostrou bom futebol, o que credenciou sua ida para o Paraná em 2019. (Foto: Arquivo Pessoal)

MF – Pela série B em 2019 no Paraná, você foi um dos destaques do time na competição, que por pouco não garantiu o acesso a série A. Este pode-se dizer que foi seu melhor momento na carreira?