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Os efeitos da paralisação do futebol para o Coritiba

A paralisação do futebol por conta do coronavírus tem atingido os clubes brasileiros, incluindo o Coritiba.

Num panorama geral, a paralisação do futebol é um momento um tanto quanto delicado para o Coritiba. O clube não vinha de um bom momento financeiro e agora tem que lidar com a falta de lucro com os jogos e de pagamento pelas transmissões destes. O time do Alto da Glória inclusive estuda uma redução de 25% nos salários. A equipe não entra em campo desde o dia 13/03, no clássico diante o Athletico-PR. A paralisação, que já dura mais de 30 dias, traz certos questionamentos quanto à situação técnica e financeira do clube.

O primeiro ponto que pode-se levantar é a continuidade de trabalho do técnico Eduardo Barroca, que tinha recém começado sua jornada à frente do Coritiba e que não pôde terminar o Campeonato Estadual para definir seu time e estilo de jogo, ou quais peças ainda precisaria para o elenco.

Nas demais posições, há quatro casos específicos de destaque. O primeiro deles diz respeito à meta Coxa Branca, que possui, atualmente, dois goleiros de alto custo para o clube, Alex Muralha e Wilson. Ambos com contrato até o fim de 2020. Numa possível extensão da paralisação, um deles corre o risco de não vestir mais a camisa do Coxa em campo.

O segundo caso é o do lateral-direito Yan Couto, que já está vendido ao Manchester City, mas só se junta ao elenco do time inglês no meio desse ano. Com uma possível (e mais próxima a cada dia) prorrogação da quarentena, de acordo com o crescimento dos casos da doença no Brasil, Yan provavelmente viaje sem um jogo de despedida pelo Coritiba.

O terceiro caso trata-se do meia Giovanni, que sofreu uma lesão no Tendão de Aquiles e por isso desfalcaria o Coxa por um bom tempo, por conta da pandemia, o desfalque não foi tão prolongado.

Por último o atacante e ídolo da torcida, Rafinha. Apesar de seu contrato se estender até o fim de 2021, o jogador já havia manifestado interesse em sua aposentadoria em 2019, com essa parada não se sabe se ele poderia bater nesta tecla novamente após o retorno. O que caracteriza uma situação triste para o torcedor Coxa Branca, que por quanto mais tempo fica sem futebol, é um tempo a menos vendo seu ídolo em campo.

Outro ponto é que caso a quarentena se estenda até 2021, hipótese mais próxima que distante, se perde muito da noção de quem realmente seria útil para o elenco no próximo ano, já que de 34 atletas apenas 11 têm contrato além deste ano, fragilizando ainda mais a situação, no viés técnico.

Foto de capa: Divulgação/Coritiba.