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Conheça um pouco mais sobre Rafael Longuine, o nosso entrevistado da semana

Rafael Vinícius Carvalho Longuine nasceu no dia 30 de maio de 1990 na cidade de Paranavaí-PR. O atleta iniciou sua trajetória no Juventude, além de passar por equipes como Ponte Preta, Guarani, Coritiba e CRB. Atualmente está cuidando de sua lesão no Santos, clube onde está vinculado. Conhecido e reconhecido por ser o chamado meio clássico e bom arremate de fora da área

 

1- Nasceu na cidade de Paranavaí-PR, todavia iniciou sua carreira no Juventude e depois rumou ao XV de Jaú, Comercial e Inter de Bebedouro. Por quais motivos saiu tão cedo do seu estado para tentar a sorte no Rio Grande do Sul? Qual as semelhanças e diferenças entre esses três times do interior paulista? Qual deles tem maior chance de retornar às divisões superiores do futebol brasileiro?

R: Muitos jogadores saem do interior do Paraná e tentam a sorte em clubes gaúchos: Alexandre Pato, Nilmar. Para ficar em alguns exemplos. Não tenho uma explicação muito lógica para isso, mas acredito que aconteça pelo fato de os estados serem da mesmo região do País. E, querendo ou não, o futebol gaúcho é o mais vitorioso do Sul. O próprio Juventude já foi campeão da Copa do Brasil e está disputando ponto a ponto o acesso à Série A de 2021. Sobre minha passagem pelo interior paulista, tenho boas lembranças, afinal, é um local que possui muitas equipes tradicionais. Ribeirão Preto é uma cidade fantástica, que deve para poucas capitais brasileiras. O Comercial, ao meu ver, é um clube mais estruturado do que o XV de Jaú, outro time bastante tradicional e do que o Inter de Bebedouro. Talvez, seja a equipe com mais chances de voltar à elite paulista e, quem sabe, disputar uma divisão do nacional.

 
Foto: CRB.
 

2- Seguindo teve sua oportunidade no futebol europeu, precisamente no LASK Linz, da Áustria, além disso atuou no Rio Branco-SP, São Bento e Osasco Audax. Trabalhou junto com Fernando Diniz em 2015, como vês o estilo de trabalhar dele? Além disso, como foi fazer parte do time que antecedeu o elenco que foi vice-campeão paulista em 2016? Na equipe foi o seu primeiro grande destaque, o que foi feito de diferente para que conseguistes tamanho êxito? O que podes comentar de positivo sobre o futebol austriaco? 

R: Fernando Diniz é um excelente técnico e que possui bons trabalhos ao longo da carreira. Talvez, quando ele conseguir um título de primeira grandeza, as pessoas passem a olhar para ele com mais carinho. Está no caminho certo. Ter passado pelo Audax foi algo maravilhoso na minha carreira, pois é um clube que dá visibilidade aos seus jogadores. Eu soube aproveitar a oportunidade e sou muito grato a todos que me ajudaram durante a minha passagem. Em relação ao futebol austríaco, só o fato de estar na Europa já é gratificante. Ali, você está próximo dos melhores do mundo. Foi importante para o meu amadurecimento como homem e atleta.

 

3- Na sequência atuou por Coritiba, Guarani, Ponte Preta e CRB. Como foi trabalhar em seguida nos dois principais times de Campinas? Como é o clima de dérbi na cidade do interior paulista? Como vês o atual momento em termos de estrutura, torcida e gestão do Coxa e do Regatiano? Na agremiação alagoano teve bom retrospecto, mas a lesão atrapalhou seu ano? Como avalias seu 2020 até março e além disso como está sendo a sua preparação para voltar aos gramados?

R: A rivalidade entre Guarani e Ponte Preta é muito grande. Foi uma honra defender duas camisas tão pesadas do futebol brasileiro. O dérbi campineiro é um jogo diferente. A cidade de Campinas para no dia do clássico. É muito bom viver este momento, independentemente do lado que esteja defendendo. Sobre o Coritiba, lamento que o clube esteja lutando contra o rebaixamento, mas é um dos grandes times nacionais. Tenho certeza que viverá dias melhores em um futuro muito breve. Já o CRB alternou bons e maus momentos na Série B, mas conseguimos nos manter na segunda divisão, o que, querendo ou não, é algo para se comemorar. Com uma maior regularidade, poderíamos até ter lutado pelo acesso até o fim. Infelizmente, perdemos nosso treinador Marcelo Cabo no meio da competição. Isso atrapalhou. Ter uma lesão é sempre difícil, ainda mais com a gravidade que foi. Mas estou com cabeça tranquila e trabalhando para voltar aos gramados assim que possível.

 
Foto: Ponte Preta.
 

4- No Santos FC esteve em quase três temporadas fazendo algo próximo de 50 partidas. Pode elencar seu melhor momento na equipe santista? Como vês a preparação do time para a disputa da Libertadores? Retornou ao time, após a lesão já tem negociação para novo clube ou almejas ficar e fazer parte do elenco de Cuca? Fostes campeão estadual em São Paulo e Alagoas, aos 30 anos qual a principal meta da sua carreira?

R: O melhor momento foi ter ganho o Paulista, curiosamente, em cima do Audax, meu clube anterior. Sobre a Libertadores, o Santos tem totais condições de conquistar o tetra, mas o Palmeiras é um excelente time também. Em relação ao futuro, preciso estar apto a jogar primeiro, depois vejo o que vai acontecer. A minha meta, por ora, é voltar a fazer o que mais gosto: entrar num estádio para jogar futebol.