A primeira vez jamais será esquecida, e foi justamente em 1967, a primeira vez do Cruzeiro na Libertadores da América. Atual campeão brasileiro de 1966 (Taça Brasil), conquistada sobe o Santos de Pelé, o Cruzeiro estreava na Libertadores da América em 1967.
Vale recordar que a competição hoje mais importante da América, na época não tinha tanta importância. Visto que os jogos eram difíceis de ser realizados por conta de logística e a competição não trazia lucro como os campeonatos nacionais. Nessa Libertadores, por conta disso, o Santos (time referência para todos na época) nem participou.
A primeira partida do Cruzeiro na Libertadores foi no dia 19 de fevereiro de 1967. O jogo foi realizado contra o Deportivo-VEN, no Estádio Olímpico Universitário, em Caracas, para um público de 10 mil pessoas.
O time titular na ocasião foi: Raul; Pedro Paulo, William, Procópio e Neco; Piazza, Dirceu Lopes e Tostão; Natal, Evaldo e Hilton Oliveira. Praticamente o mesmo time que goleou o Santos no ano anterior. O técnico era Airton Moreira.
Em sua estreia a Raposa conquistou uma vitória suada contra o time da casa. 1 a 0, gol de Evaldo aos 47 minutos do segundo tempo. Assim foi a estreia do Cruzeiro EC na Libertadores.
Três dias mais tarde, no dia 22 de fevereiro de 1967, a Raposa entrou em campo novamente. No mesmo Estádio Olímpico Universitário, desta vez contra o Deportivo Itália. Na ocasião o Cruzeiro conquistou uma vitória mais tranquila pelo placar de 3 a 0, gols de Tostão (2) e Evaldo.
Após praticamente um mês, no dia 18 de março de 1967, temos a estreia no Mineirão. A primeira partida de Libertadores no Gigante da Pampulha. A partida terminou com vitória cruzeirense pelo placar de 3 a 1 sobre o Deportivo Galícia-VEN. O público por conta da data do jogo não compareceu em grande número, foram pouco mais de 10 mil torcedores.
Dois dias mais tarde, o Cruzeiro voltou a jogar pela Libertadores, novamente no Mineirão, não teve dificuldades diante do Deportivo Itália. Vitória por 4 a 0, com dois gols de Natal, um de Piazza e um de Vicente, contra. Passando-se mais um mês, em novo jogo em Belo Horizonte mais um resultado positivo. Dessa vez 4 a 1 sobre o Universitario, do Peru, gols de Dirceu Lopes, Natal (2) e Piazza, diante de 12.836 pessoas.
Com cem por cento de aproveitamento o Cruzeiro optou por poupar o time nos jogos seguintes. Venceu o Sport Boys por 2 a 1, gols de Neco e Evaldo, e empatou com o Universitario em 2 a 2, gols de Marco Antônio e Evaldo. O fechamento da primeira fase, foi em casa. O já classificado time celeste não teve dificuldades em vencer o Sport Boys no Mineirão.
Após a primeira fase, por conta do sistema da competição, a fase seguinte era a semifinal. Disputada em um grupo e o primeiro se classificava para a grande final. Cruzeiro ficou no mesmo grupo de Peñarol (atual campeão do mundo) e o Nacional (campeão uruguaio).
Não seria nada fácil passar por estes gigantes, mas o início foi ótimo do clube mineiro. Em 14 de julho o Cruzeiro recebeu o Nacional no Mineirão e venceu os uruguaios por 2 a 1, Davi e Evaldo marcaram. Dia 18 de julho, diante de mais de 44 mil pessoas (maior público até então do Cruzeiro na Libertadores), a Raposa venceu o todo poderoso Peñarol por 1 a 0, gol no último minuto de Natal.
Após as partidas em Belo Horizonte, a tarefa era decidir a vaga fora de casa, no Uruguai. E foi nesse país que o Cruzeiro caiu. O time celeste precisava somente de um resultado favorável e avançaria para a grande final. Porém, perdeu os dois jogos em Montevidéu, 3 a 2 para o Peñarol e no último jogo contra o Nacional, 2 a 0 para os mandantes.
No Uruguai, com duas derrotas, encerrava a primeira participação do Cruzeiro na Libertadores da América de 1967. Essa edição que teve o campeão o Racing Club de Avellaneda.
O time celeste realizou 12 partidas pela Libertadores. 9 vitórias, um empate e duas derrotas. Marcou 27 gols e sofreu somente 12, média de 2,25 por jogo.
O artilheiro cruzeirense foi o atacante Evaldo com 6 gols, seguido de Tostão e Natal com 5 cada.
Neco – 12 jogos
Raul – 10 jogos; Pedro Paulo – 10 jogos; Procópio – 10 jogos; Natal – 10 jogos; Evaldo – 10 jogos; Dirceu Lopes – 10 jogos
Piazza – 9 jogos; Tostão – 9 jogos
William – 8 jogos; Hilton Oliveira – 8 jogos
Zé Carlos – 5 jogos
Davi – 4 jogos
Tonho – 2 jogos; Dawson – 2 jogos; Celton – 2 jogos; Claúdio – 2 jogos; Vavá – 2 jogos; Ílton Chaves – 2 jogos; Marco Antônio – 2 jogos; Dalmar – 2 jogos; Batista – 2 jogos; Antoninho – 2 jogos
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