ÍDOLOS CELESTES: SORÍN.

Juan Pablo Sorín, ou “Juampi”… Um argentino de muita garrada nascido no ano de 1976 na cidade de Buenos Aires. Um verdadeiro guerreiro dentro de campo, ocupava a Lateral Esquerda e defendeu o manto das 5 estrelas por 6 temporadas em 3 passagens pelo clube. Sua história no Maior de Minas começou a ser escrita no ano de 2000, vindo do River Plate-ARG, clube onde também é ídolo. E logo em sua primeira temporada faturou a Copa do Brasil, em uma final épica contra o São Paulo no Mineirão.

Em 2001 ganhou a primeira Sul-Minas com a camisa do Cruzeiro, diante do Coritiba. No ano seguinte repetiu a dose e conquistou a Sul-Minas novamente, desta vez contra outro paranaense, o Atlético. Em uma final com a cara do argentino, mesmo com um corte acima da sobrancelha permaneceu em campo, marcou o gol do título e sua “dancinha” da vitória após a partida é lembrada até hoje.

Sua segunda passagem pelo clube no ano de 2004 foi discreta, veio por empréstimo e atual em apenas 9 partidas e logo foi para o Villarreal da Espanha. Voltou ao clube no dia 29 de agosto de 2008. Na partida Cruzeiro 4X1 Portuguesa, válida pela última rodada do campeonato Brasileiro daquele ano, Sorín demonstrou mais uma vez seu amor pelo clube e pela torcida. Antes do início da partida o jogador foi até a arquibancada e como um fanático torcedor do clube vibrou com todos os que estavam presentes ali no estádio do Mineirão.

Em 01/03/2009, Sorín voltou a vestir a camisa celeste em uma partida oficial. Contra o Ituiutaba, pelo Campeonato Mineiro, Sorín jogou todo o primeiro tempo e foi substituído no começo do segundo. Juampi foi ovacionado pelos torcedores presentes no Mineirão, e mostrou toda a raça que o tornou um dos maiores ídolos da história recente do Cruzeiro.

Em 28 de julho de 2009, aos 33 anos, Sorín anunciou o fim de sua carreira profissional. Juampi, como é carinhosamente chamado, despediu-se do futebol no time que, em suas próprias palavras, é o seu time do coração no Brasil: o Cruzeiro Esporte Clube.

No dia 4 de novembro de 2009, num dia de muita festa, Sorín fez o seu último jogo encerrando sua carreira como jogador de futebol no Cruzeiro numa festa multitudinária e solidaria organizada pela sua mulher, Sol Cáceres junto com o marketing do Cruzeiro. A festa reuniu jogadores amigos, ex companheiros e grandes figuras do futebol que chegaram de diferentes partes do mundo para jogar a partida da despedida de Sorín denominada como “Sorín Eterno”. Foi a primeira despedida organizada pelo clube mineiro para um jogador, o que valida a dimensão do amor da Nação pelo jogador argentino. Logo foi o momento da banda Skank tocara pela primeira vez no Estádio Mineirão.

E mais tarde uma série de homenagens para o ex capitão da Seleção Argentina: deixou seus pés eternizados no Hall da Fama do Mineirão, recebeu camisas comemorativas da AFA, pela sua prestigiosa carreira com a “casaca” da Argentina e placas e distinções do Cruzeiro.

Logo teve um jogo amistoso entre os times profissionais do Cruzeiro X Argentinos Juniors, primeiro time do Sorín. Juampi jogou os noventa minutos com muita intensidade deixando saudades nos torcedores e demonstrando que poderia ter continuado uns anos mais dentro dos gramados. A primeira etapa do amistoso jogou pelo Cruzeiro, seu último clube, e parte do segundo tempo pelo Argentinos Juniors. Ainda na segunda etapa, voltou a vestir a camisa do Cruzeiro que ganhou por 2 a 1.

Em sua carreira, Sorín defendeu camisas de gigantes do futebol mundial, e também de sua seleção onde foi até capitão. E também teve títulos importantes comemorados:

Cruzeirense, Sorín hoje com 40 anos é condutor e criador, junto a sua produtora ElisLtda, do programa Resenha ESPN. Participa habitualmente nos Programas: Bate Bola e Futebol no Mundo. Em 2016 estreou na TV Argentina como condutor do programa “Capitanes” no Deportv / TV Pública. Escreveu para vários veículos do mundo como Revista So Foot (França), diário El País, e El Mundo (Espanha), Revista Mediapunta (Espanha), e para o diário Página 12 (Argentina). Também fez 4 anos de Rádio na Argentina na FM La Tribu com seu programa “Tubo de Ensayo” enquanto jogava para o River Plate (1996/2000).

GABRIEL SOUZA

“A primeira coisa que se tem a destacar é a raça, sempre colocou a cara, dava o sangue dentro de campo, isso daí é uma das coisas que eu mais admiro nele. O carinho dele com a torcida, depois que saiu do time também sempre continuou dando moral para o Cruzeiro, nunca falou mal se declarou torcedor do Cruzeiro mesmo. O Sorín para mim é ídolo mesmo, pra mim e para todo mundo que torce para o Cruzeiro. Pela sua raça, aquele gol contra o Atlético Paranaense na final da Copa Sul-Minas de 2002, o cara é monstro.”

PEDRU HENRIQUE

“Pra mim é ídolo, a raça que ele tinha dentro de campo nos poucos jogos que pode ver, era a verdadeira raça Argentina, honrou o manto e soube dar valor pro carinho que a torcida tinha com ele, aquela vez que ele foi na torcida. O cara tinha tanta raça que no jogo de despedida ele estava dando voadora na bola pra ela não sair pela linha lateral”

ENDIO MESSIAS

“Eu acho ele espetacular por que desde o primeiro dia ele deu muita raça, ele jogou quase 130 partidas pelo Cruzeiro, algumas ele deu sangue, outras ele fez um gol importante, ele dava carrinhos, ele deixava a alma dele em campo, é isso que falta para muitos jogadores do elenco atual, ele é um ídolo, se identificou com a torcida de um jeito, subiu na Máfia (T.O), ganhou uma festa de despedida do Cruzeiro, ele merecia tudo e muito mais. Ganhou 2 Campeonatos Mineiros, 2 Sul-Minas, 1 Copa do Brasil, alguns títulos relevantes, só que nada de Tríplice Coroa, Libertadores. O cara é f*da e até hoje defende o Cruzeiro de um jeito impressionante.”

Por: Luiz Henrique

@LuizHenrique97_

18 de outubro de 2016.