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Além da classificação, ganhar do São Raimundo-RR vale a quebra de tabu

Cruzeiro e Copa do Brasil são sinônimos. O time mineiro é o maior campeão da competiçãocom seis títulos e o segundo com mais finais com oito, atrás somente do Grêmio, que tem nove. São 25 participações desde a primeira edição lá em 1989. Porém, com a recente crise financeira, administrativa e esportiva que culminou no rebaixamento à Série B em 2019, a Raposa também começou a sofrer na Copa. Hoje, às 19h15, o time de Felipe Conceição estreia na edição 2021 ante o São Raimundo-RR, no Canarinho, com vantagem do empate para avançar.

Conceição saiu vencedor no final de semana ante a URT em Sete Lagoas pelo Campeonato Mineiro (Gustavo Aleixo/Cruzeiro)

Ao longo dos 166 jogos, o Cruzeiro acumulou alguns jejuns de vitórias. As cinco maiores sequências sem vencer são de 1989-1991, 1995-1996, 2017, 2014-2016 e 2019-2020. As três primeiras são tabus de quatro jogos sem vencer, a terceira é de seis partidas e a última é de 7 jogos.

A primeira de 1989-1991 começou com a eliminação nas oitavas de final para o Bahia em 1989 com derrota por 2 a 0. Na edição seguinte, empate em casa por 0 a 0 e goleada sofrida no Serra Dourada para o Goiás por 4 a 0. Completando, em 1991 veio um empate com o ABC-RN por 0 a 0. Porém, o os maus resultados acabaram na volta com triunfo no Mineirão contra o mesmo ABC por 4 a 0.

A fase de 1995-1996 foi iniciada com uma classificação com derrota por 2 a 1 diante do Bahia no Pituaçu. Depois, veio uma derrota mínima para o Flamengo em casa e empate fora por 1 a 1. Eliminação nas quartas de final. Em 1996, ano do bicampeonato, na primeira fase, o time empatou com o Juventus-AC em 1 a 1. Mas na volta, venceu por 4 a 0 e acabou o jejum.

Em 2017, no ano de título, a Raposa também ficou quatro jogos sem vencer. Tudo começou com o empate na Arena Condá nas oitavas contra a Chapecoense. Depois, vieram empates por 3 a 3 e 1 a 1 ante o Palmeiras e derrota para o Grêmio na ida das semifinais. No jogo de volta, com gol de Hudson, a Raposa venceu.

Antes, de 2014 a 2016, a equipe ficou incríveis seis jogos sem saber o que era vitória. Começou na semifinal de 2014 com 3 a 3 na Vila Belmiro diante do Santos. Na final mineira contra o Atlético, perdeu por 2 a 0 e 1 a 0. Em 2015, entrou nas oitavas de final e perdeu os dois jogos para o Palmeiras, 2 a 1 e 3 a 2 respectivamente. E na primeira fase de 2016, amargou um empate em Campina Grande contra o Campinense por 0 a 0. Mas no Mineirão, venceu os paraibanos por 3 a 2.

No pior momento da história, a sequência tinha de ser a maior. Após ser bicampeão seguido e hexa no total, o time do então treinador Mano Menezes começou a saga perdendo para o Atlético Mineiro no Independência na volta das quartas de final em 2019. Adiante, vieram duas derrotas para o Internacional, 1 a 0 e 3 a 0.

A estreia em 2020 também foi ante o São Raimundo (William Roth/Light Press/Cruzeiro)

Em 2020, com Adílson Batista, empatou com o próprio São Raimundo por 2 a 2 na fase 1, empatou com o Boa Esporte por 1 a 1 no embate seguinte. Na terceira fase, quando caiu, perdeu a ida para o CRB por 2 a 0 no Mineirão e empatou a volta em 1 a 1. Na noite de hoje, às 19h15, no Flamarion Vasconcelos (Canarinho), em Boa Vista, esse tabu pode ser quebrado ou aumentado.

Foto de capa: William Roth/Light Press/Cruzeiro