Com o início do Campeonato Mineiro, o Cruzeiro de Felipe Conceição demonstra uma mudança de atitude, com melhoras na criação de jogadas e chances de gol, entretanto continua esbarrando na falta de pontaria do ataque. Nesse meio tempo, o clube celeste conta com a semana livre para treinar para poder converter as grandes chances no clássico contra o América, no domingo, às 16 horas.
Desde que Mano Menezes saiu do Cruzeiro, o clube ainda não encaixou um sistema ofensivo, em que a torcida sempre se acostumou a ver. Assim, o time sofre com as dificuldades para criar oportunidades de gol e oferecer perigo aos adversários. Dessa forma, é possível entender porque a equipe vive sua pior fase no século, são apenas 67 gols nos últimos 59 jogos (1,13 por jogo). Assim, o Cruzeiro não conseguiu sair da segunda divisão, sendo que na competição a equipe fez apenas 39 gols em 38 partidas disputadas.
Além disso, a baixa eficiência do ataque explica essa situação. Na Série B, os artilheiros da equipe foram o Rafael Sóbis (6 gols), que chegou apenas em novembro e o zagueiro Manoel (5 gols). Nesse sentido, outro quesito que chama atenção para o quão a Raposa sofre nesse setor é o fato de a equipe ter feito mais de um gol em apenas cinco das últimas 32 partidas, ou seja, em 27 jogos desse período, os que terminaram com vitória foram todos pelo placar magro de 1×0.
Logo, para mudar o conceito da equipe, o técnico Felipe Conceição chegou para mudar a situação do Cruzeiro. Afinal, ele tem uma fama por formar equipes ofensivas. Então, logo nesses primeiros cinco jogos de Conceição é possível notar a diferença da forma de jogar da equipe. Porém, para a mudança acontecer, é preciso de tempo, ou seja, problemas começam a aparecer e o que cria um alerta é a falta de pontaria no ataque.
Logo na estreia contra o Uberlândia, o time finalizou 28 vezes e conseguiu chegar ao gol de empate apenas no final da partida. A média com o novo treinador aumentou. De acordo com o Footstats, o Cruzeiro é o líder de finalizações do Campeonato Mineiro até o momento com 71 chutes até o momento. Entretanto, dessas 71 finalizações, apenas quatro resultaram em gol, o que dá em uma média de 17,75 arremates para fazer um gol. Dessa forma, a equipe de Belo Horizonte precisa colocar o “pé na forma” para se classificar para as semifinais do Mineiro e, em um futuro não tão distante, encaixar o estilo de jogo para retornar à elite do futebol brasileiro.
Imagem de capa: (Gustavo Aleixo/Cruzeiro)
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