Cruzeiro emite nota sobre punição feita pela FIFA no caso Willian

O Cruzeiro foi punido pela FIFA após não pagamento de dívida de acordo com a entidade máxima do futebol. O valor de 1 milhão de euros (cerca de R$ 6,3 milhões), da negociação do atacante Willian, atualmente no Palmeiras, deveria ser quitado junto ao Zorya, da Ucrânia, até o último dia 20 de agosto. No entanto, o clube mineiro havia anunciado recentemente um acordo pela dívida e vai recorrer da punição que é o impedimento de registro de novos jogadores.

O clube divulgou nota explicando a situação em seu site oficial e afirmou que todo o acordo foi homologado na FIFA. Ainda segundo divulgou o Cruzeiro, a contestação da medida se baseia em duas variáveis: “o sistema da Fifa apresentou algum tipo de falha, o que é pouco provável, ou o clube ucraniano está contradizendo os documentos que seu próprio representante validou e assinou”.

Na noite dessa segunda-feira (1), o Cruzeiro enviou uma manifestação formal à FIFA pedindo a reconsideração da punição, pois já teria feito um acordo com o clube ucraniano. Até o momento, o impedimento de registro de novos atletas é a segunda punição que a entidade impõe ao Cruzeiro em 2020. A primeira foi a perda de seis pontos na Série B.

Confira a íntegra da nota oficial do Cruzeiro:

O Cruzeiro Esporte Clube confirma que recebeu um contato da Fifa sinalizando que o FC Zorya contesta acordo firmado entre os clubes, anunciado oficialmente no mês passado, envolvendo a dívida de 1.159.786,31 euros, vencida em 20 de agosto de 2020.

Diante da contestação do FC Zorya, a Fifa aplicou a sanção de transfer ban (impossibilidade de registro de novos jogadores), o que é lamentado e contestado pelo Cruzeiro Esporte Clube, já que o acordo celebrado entre as partes, se fez mediante canais oficiais previstos pela Fifa para tanto.

Na véspera da data de vencimento da dívida, o FC Zorya notificou o Cruzeiro, por meio de seu e-mail oficial, cadastrado no Fifa/TMS, informando que realizou uma cessão do crédito específico ao Alik Football Management, da Estônia. Desta forma, o Cruzeiro negociou o parcelamento do débito diretamente com o Alik, mas, para se resguardar, exigiu que o FC Zorya fizesse parte do acordo como terceiro interessado, e informou que faria o pagamento somente após sua homologação pela Fifa.

No trâmite, além do selo de autenticação e assinatura do representante do FC Zorya em todos os documentos, nos quais o mesmo atesta, num primeiro momento, a cessão do crédito para o Alik, e, num segundo momento, o termo de formalização do acordo, é importante destacar que a comunicação entre os todos os envolvidos sempre se deu por meio dos canais oficiais estabelecidos pelo sistema Fifa/TMS, que é extremamente rigoroso com o acesso, cadastramento e processos dos seus e-mails. 

Sendo assim, diante da manifestação do FC Zorya, a contestação do Cruzeiro se baseia em duas variáveis: ou o sistema da Fifa apresentou algum tipo de falha, o que é pouco provável, ou o clube ucraniano está contradizendo os documentos que seu próprio representante validou e assinou, documentos estes disponíveis em anexo à esta nota.

Por esta razão, na noite de ontem, 1º de setembro de 2020, o Cruzeiro enviou manifestação formal à Fifa, esclarecendo o ocorrido e exigindo a reconsideração da pena por ora imposta. O Clube reitera que em todos os momentos e processos agiu com absoluta clareza, boa fé e dentro da legalidade, confiando que a comunicação feita por meio dos canais oficiais da Fifa, com todos os envolvidos em cópia, inclusive o advogado do FC Zorya, são válidas.

Foto de capa: Washington Alves/Light Press