Cruzeiro fez o segundo pior turno como mandante de sua história
Desde que o Brasileirão passou a ser com 20 clubes, só a campanha do returno de 2019 foi pior que a deste primeiro de Série B
O Cruzeiro encerrou seu turno em casa nesse sábado (14) diante do Sampaio Corrêa com o empate em 1 a 1. Com isso, o time que passou por Felipe Conceição, Mozart Santos e agora está com Vanderlei Luxemburgo fez somente nove pontos dos 27 possíveis em casa – aproveitamento de 33,33%. No histórico, desde 2006 quando o Brasileirão passou a ser com 20 clubes, a Raposa só fez uma campanha de turno pior na segunda parte de 2019. Na campanha do rebaixamento, o time cruzeirense fez os mesmos nove pontos, mas em 30 possíveis.
As nove partidas em casa desta temporada pela B até o momento se igualam ao primeiro turno de 2016, na ocasião, o time também fez nove pontos, só que pelo número de vitórias, o plantel de cinco anos atrás foi ‘melhor’. As melhores campanhas são as de título e uma quando o time carimbou a vaga para Libertadores. No turno de 2008, fez 25 pontos em nove jogos – ou seja, ficou invicto. A mesma campanha foi repetida em 2014 na primeira parte. A que vem abaixo é do turno de 2013 – quando também passou invicto, porém com dois empates.
Assim, percebemos que vencer em casa é importante e pesa demais no final da temporada. O mais curioso é que a Raposa não acumulou muitas derrotas nos últimos cinco turnos (Os dois de 2019, dois de 2020 e o primeiro de 2021). Foram 47 jogos com 12 vitórias e 14 derrotas. O problema é o alto número de empates, 21 ao todo.
Por conta dos critérios de desempate, é mais ‘jogo’ perder duas vezes e vencer uma do que empatar três consecutivas. Ao longo dos 31 turnos analisados as derrotas como mandante não passaram de quatro. No entanto, foi só a partir do turno de rebaixamento que os empates chegaram aos seis e se repetindo na campanha de 2021-1.
E vale ressaltar que nos últimos três turnos, o Cruzeiro jogou de arquibancadas vazias por conta da pandemia de coronavírus (cenário que mudará a partir do jogo diante do Confiança na sexta). Ou seja, não teve a pressão da torcida – nem contra e nem a favor – no Mineirão ou Independência. O que ficou nítido foi a falta de controle emocional para converter as oportunidades criadas e se defender quando necessário.