Para Ricardo Rocha, a salvação do Cruzeiro é a base

O diretor técnico foi apresentado oficialmente na última sexta-feira e pretende ser a ponte entre base e profissional

Ricardo Rocha, de 58 anos, teve o primeiro contato com o Cruzeiro na última sexta-feira (13). O novo diretor técnico é uma das apostas da diretoria cruzeirense para conduzir melhor a relação entre o time profissional e as categorias de base. Para o pernambucano, a categoria que forma novos atletas a salvação do Cruzeiro.

Em fala divulgada ao GE, o tetracampeão mundial com o Brasil em 1994 afirmou que a sobrevida está na base e exemplificou com algumas situações vividas por outros clubes. “Sempre digo nas entrevistas aqui que a salvação do futebol brasileiro está na base. O faturamento do Flamengo, na época, foi de R$ 980 milhões, R$ 350, R$ 400 milhões foi de venda de jogadores da base. O São Paulo, a venda do Anthony e de outros jogadores, foi a base. O Fluminense, com o Kayky, agora alguns jogadores que foram vendidos, sabem quem mudou tudo isso? A base. Hoje a salvação é a base, sim. Se não fosse a base, muitos clubes estariam falidos”.

O Athletico Paranaense foi um desses exemplos citados por Ricardo Rocha. O Furacão da Arena da Baixada alcançou recentemente com vendas R$ 300 milhões com Bruno Guimarães, Renan Lodi, entre outros. Para ele, o Cruzeiro tem totais condições de chegar a este patamar.

No ano passado, o Cruzeiro conseguiu apenas R$ 23 milhões em negociação de atletas, incluindo os da base. Ainda pela opinião do diretor técnico, crise financeira e a situação esportiva do clube (estando na Série B) dificulta valores maiores.

“É muito fácil tirar jogadores por uma bagatela, com o Cruzeiro numa crise financeira. Isso é sangrar o clube. Claro que sabemos da dificuldade, quando tiver que vender o jogador, vai ter que vender. Mas se puder vender bem, você vai vender bem. Se tiver na primeira divisão, vai vender bem melhor. Adoro e amo a base. Pode ter certeza, com o treinador que se tem, esses garotos respondendo, o Vanderlei vai aproveitar.” – ressalta Ricardo Rocha.