Entrevista com o treinador Eduardo Baptista, do CSA
Ontem, dia 25 de maio, entrevistamos por meio de uma live no Instagram, o treinador Eduardo Baptista. Ele comentou sobre suas passagens por Palmeiras, Sport e Fluminense, além de seu trabalho no Centro Sportivo Alagoano. Confiram os fragmentos textuais, no mais a entrevista completa está no nosso IGTV:
1- A sua primeira passagem como treinador foi no Sport, clube que também passou como preparador. Quais são as semelhanças do tempo que esteve como preparador (2007) e treinador (2014)? Na agremiação pernambucana teve um ótimo aproveitamento, por quais motivos conseguistes ter tamanho êxito logo na sua estreia como técnico? Teves passagens por Fluminense como descreverias a estrutura e torcida dessa equipe? Por quais motivos não tivestes a sequência desejada no clube carioca?
R: Eu sou muito grato ao Sport pela oportunidade e o rubro-negro pernambucano também é grato pelo que fizemos no período, onde estávamos no clube. Em 2014, muitos apontavam que a equipe iria cair, mas fizemos um bom trabalho e em nenhum momento passamos por esse risco. No ano seguinte, conseguimos evoluir muito de fato, principalmente após a construção do CT que nos gerou uma estrutura melhor em termos de treinamento, campo, alojamento e assim proporcionou aos atletas, um conforto diferente do que possuíamos na Ilha do Retiro. Depois disso, oferecemos uma atenção maior a base e assim conseguimos relevar nomes como Renê, do Flamengo, o Joelinton, uma das maiores vendas do Sport para o futebol austríaco e o Neto Moura, que atualmente está no Mirassol. Foram momentos bons e de grande evolução.
R: No Fluminense, cheguei em 2015 e durante esta época fomos para a semifinal da Copa do Brasil, sendo eliminado pelo Palmeiras nos pênaltis. Em termos de confronto, foi 2 a 1 na nossa casa e o revés pelo mesmo placar na Arena. Também naquele período, tínhamos o risco de rebaixamento, porém saímos logo daquela situação e assim fizemos um bom campeonato pelas condições de momento. Já em 2016, o investimento diminuiu e tive que colocar os jovens da base nos jogos, então nomes como Gustavo Scarpa, Marcos Junior e o próprio Gérson tiveram maiores oportunidades. Além disso, os experientes Gum, Fred e Diego Cavalieri, mas aquela situação de pressão por resultados dos grandes times ocasionou a minha saída. Porém me sinto satisfeito pelo que fiz no Fluminense e por ter contribuído na revelação de bons atletas para o cenário nacional e mundial.

2- No Palmeiras chegou em 2017, mesmo tendo 14 vitórias em 21 jogos, fostes demitido, como vês a pressão da torcida e da diretoria em termos de resultados nos últimos anos com a vinda da parceria Crefisa? Como foi receber a proposta de tão grande clube brasileiro, sendo que terias no comando um bom elenco nas mãos? Também passou pelo Athletico Paranaense e Coritiba, quais são as principais diferenças em termos de gestão nas equipes? Como descreverias a passagens por estes clubes?
R: No Palmeiras tive 14 vitórias, 4 empates e 3 derrotas, aproveitamento maior que 70%, mas posso dizer que o Mano Menezes teve resultados ainda melhores e saiu, Roger Machado teve um rendimento próximo ao meu e também deixou o cargo. Então, a torcida exerce uma pressão gigantesca que um tropeço miníma que seja é uma grande derrota. Caso, ainda tenha o planejamento de conquistar a Libertadores e o Mundial, tem que salientar que as derrotas também são parte do processo para construção de um elenco melhor. Caso não fosse o Flamengo em alto nível, o Palmeiras poderia ter sido campeão tranquilamente (antes da demissão de Mano Menezes, o time estava na vice-liderança), depois da consagração do clube carioca, o alviverde demitiu o treinador e todo o projeto teve que se refeito dentro do mesmo ano.