O meia Márcio Mossoró, do Istambul Basaksehir, da Turquia concede entrevista ao site MF
José Márcio da Costa nasceu no dia 4 de julho de 1983 na cidade de Mossoró-RN. Fostes revelado no Ferroviário-CE e possui passagens por Internacional e Sporting Braga. Atualmente está Istambul Basaksehir, da Turquia. Conhecido e reconhecido por carregar o nome de sua cidade e pela habilidade com a bola
Além do futebol qual esporte gosta mais? R: Vôlei.
Um hobby? R: Passear com a família.
Filme favorito: R: Prova de fogo.
Gênero musical favorito: R:Gospel.
Uma música? R: História de Davi (Toni Carfi).
Uma qualidade sua: R: Paciência.
Um defeito seu: R: Preguiçoso.
Maior orgulho: R: Filhos.
Um arrependimento: R: Nenhum.
Uma frase que te inspira: R: Para Deus nada é impossível.
1- Fostes revelado no Ferroviário-CE. Quais os principais ensinamentos da base cearense? Naquela época, o Ferrão revelava muitos bons atletas, qual a motivação para isto? Como analisas o atual momento da equipe cearense? Além disso teve passagens por Santa Catarina e Paulista-SP. Saberia me dizer se o time catarinense ainda é existente? Como foi ser campeão da Copa do Brasil com um clube menor? Foi ali que a sua carreira começou a alavancar? O Galo de Jundiaí terá forças para se reencontrar no cenário nacional nos próximos anos?
R: O momento da equipe é o melhor possível, conquistaram o acesso e retornaram a Série C, depois de muito tempo. Foi um período muito importante na minha vida. Um período de muita luta, de muita entrega e que hoje foi recompensado. O time de Santa Catarina era um time de empresários e hoje não sei se existe mais. Sobre o Paulista, tenho um carinho muito grande. Foi um título extremamente importante. Adoro a cidade. Sempre sou convidado para voltar lá, mas nossa correria é muito grande. A conquista da Copa do Brasil abriu as portas para todos os atletas, não apenas para mim. Ali foi o grande pulo para o cenário nacional e internacional. E foi um título onde ninguém esperava, mas a cada fase que íamos passando, nossa equipe tinha mais confiança e crescia aquela vontade ainda maior de vencer. Era um elenco muito unido, de muita qualidade e que foi coroado com a conquista. Torço muito para a reconstrução do Paulista e seu fortalecimento no cenário nacional.
2- Tens passagens por Internacional e Marítimo (Portugal). Como foi conquistar a Libertadores e a Recopa pelo clube gaúcho? Como foi ver de longe o título mundial e qual a sensação de até ter feito parte do processo? Para os brasileiros é melhor iniciar a carreira fora do país em Portugal e por qual motivo? Como foi se destacar na equipe de médio português? Como é para você representar tão bem a sua cidade de Mossoró? Tens algum sonho de atuar no futebol potiguar?
R: Após a conquista na Copa do Brasil tive diversas propostas de clubes do Brasil e acabei optando pelo Internacional e mais uma vez fui feliz e campeão. Acabei não tendo a sequência que gostaria, todavia foi de um enorme aprendizado e conhecimento jogar no Colorado. Jogar em Portugal ajuda muito pelo fato de ter muitos brasileiros e pelo fato da cultura, idioma serem muito parecidos. Taticamente tem suas diferenças, mas me adaptei bem, fiz uma boa temporada logo de cara no Marítimo e conseguir ir para o Braga, onde sou muito respeitado e adoro tudo por lá. Fico feliz de carregar bem o nome da cidade, do estado. É bem legal ter esse reconhecimento do povo, e carregar o nome da cidade no nome futebolístico. Vivo a cada dia, a cada temporada e hoje ainda não vejo retornando no futebol brasileiro. Quem sabe mais pra frente, mas por ora não.
Foto: Istambul Basaksehir (Turquia).
3- Vestiu a camisa do Sporting Braga e Al-Alhi (Arábia Saudita). O seu último ano no Braga foi o melhor e por quê? Como foi conquistar a Taça da Liga Portuguesa com o chamado quarto time do país? Como analisas a evolução do time no cenário nacional e se existe alguma possibilidade da equipe do Braga brigar pelo título nacional nos próximos anos? Destaque sobre sua temporada no futebol árabe? O fato de ir muitos brasileiros para a Arábia fez evoluir o futebol no Oriente Médio?
R: Crescemos muito com o Braga, vejo muita semelhanças entre ele e o Paulista, com atletas que queriam crescer muito, um elenco muito unido e que conseguiu ser vitorioso. Hoje Braga está num outro patamar e briga sempre lá em cima, o poder financeiro do trio é bem superior, mas vejo os bracarenses, sempre ali no topo, fazendo bons times e torço muito por eles. A Arábia voltou a tona agora, na minha época não tinha a quantidade que está indo hoje, porém no meu tempo o treinador era português então ajudou bem. Mas hoje acredito que a tendência é muito grande para evoluir, os investimentos por lá que estão sendo feitos é muito grande e tem ido muita gente de qualidade para lá, não só dentro de campo, mas também fora dele, como treinadores e demais integrantes da comissão técnica. A cultura lá é muito diferente das demais, a religião é diferente, o clima, contudo vale a pena essa ida para lá.
4- Atualmente está no Istambul Basaksehir, da Turquia. A equipe antes totalmente desconhecida está agora pedindo espaço entre os três grandes do país, como analisas este processo de investimento para chegar neste patamar? Chegar em uma segunda fase de Champions League é um dos objetivos a longo prazo? Quais as expectativas para a próxima temporada? O que poderia ser retirado do futebol turco para ser implementado no futebol brasileiro?
R: Totalmente desconhecida, porém a cada temporada que passa se fortalece ainda mais. Brigamos pelo título até a última temporada, infelizmente não conseguimos. Nos últimos anos temos incomodado bastante. Já olham para nós com outros olhos, com mais respeito. Temos um CT de alto nível, e em construção para ampliar ainda mais. A tendência é ser campeão em breve e espero estar presente para entrar na história. São pouquíssimos clubes, fora do trio que conquistou a Liga, então podemos fazer história. Acredito que a Champions é uma questão de tempo. Ano passado tivemos na Liga Europa, não conseguimos passar de fase, mas já foi um começo. Essa temporada que se inicia mantivemos nossos atletas, o grupo é praticamente o mesmo, chegaram umas peças novas, então vamos brigar novamente pelo título.
Foto: Istambul Basaksehir (Turquia).
– Fico agradecido pela oportunidade. Um abraço a todos – Márcio Mossoró.
Jornalista por formação, Geógrafo nas horas vagas, dono de um conhecimento vasto sobre o futebol, países e curiosidades que vocês somente verão em minhas matérias.