Atlético Mineiro denuncia Gabigol no STJD por incitação a violência

O Atlético Mineiro recebeu na noite de quarta-feira (22), o Flamengo pela partida de ida das oitavas de final da Copa do Brasil de 2022

Na noite da última quarta-feira (22), o Atlético Mineiro recebeu o Flamengo no Mineirão, e venceu o duelo de ida por 2×1, garantindo uma boa vantagem para a partida de volta no Maracanã, no dia 13 de julho, pela Copa do Brasil.

Após o jogo, um dos destaques rubro-negros, o atacante Gabigol falou sobre a partida de volta e provocou a torcida alvinegra, ao falar da torcida do clube carioca no Maracanã.

“Agora temos outro final de semana e depois vamos para a Libertadores. Quando eles forem para lá vão conhecer o que é pressão e o que é inferno” disse Gabigol ainda no gramado do Mineirão 

Porém, a frase dita pelo atacante não foi bem recebida pela diretoria do Atlético Mineiro, segundo informações do ge (Globo Esporte). De acordo com a fonte, a direção atleticana entende que o uso da palavra “inferno” pode acirrar os ânimos visando o confronto de 13 de julho no Maracanã.

Com isso, na quarta, após a partida, o clube mineiro apresentou uma notícia de infração sobre a frase dita pelo jogador do Flamengo.

Na última quinta-feira (23), após analisar a notícia de infração, Ronaldo Botelho Piacente, procurador-geral do STJD, deu três dias de prazo para que Gabigol se manifeste. Ainda não há qualquer decisão sobre eventual punição ao jogador.

No pedido, o Galo elencou dois possíveis artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva que Gabigol pode ser enquadrado. São eles:

• Artigo 243-D: Incitar publicamente o ódio ou a violência. Pena: multa e suspensão de 360 a 720 dias.
• Artigo 258: Assumir conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva. Pena: suspensão de uma a seis partidas.

O Galo apresentou um dossiê de 13 páginas sobre o tema, e ainda fez um pedido de restrição das torcidas organizadas do Flamengo, no estádio na data do jogo, alegando possíveis ataques violentos contra os torcedores atleticanos. As alegações foram feitas com base em declarações e ameaças de torcedores do Flamengo nas redes sociais.

Foto de Marcelo Cortes / Flamengo