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Tokens rendem quantia milionária e providencial ao Santos, afirma Rueda

Durante a reunião extraordinária do Conselho Deliberativo nesta terça-feira, o presidente Andres Rueda trouxe a boa notícia por meio de tokens, que devem render R$ 30 milhões aos cofres santistas. A informação inicial veio pelo site Gazeta Esportiva, e foi apurada pelo Mercado do Futebol.

Os lucros com a tokenização serão essenciais para o término da temporada. A diretoria santista está próxima de fechar contrato com duas empresas diferentes, que com valores fixados, devem render R$ 30 milhões inicialmente.

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Criado para ser uma ferramenta de acesso a serviços voltado aos torcedores, o sistema terá acesso a serviços e produtos oficiais do Clube. O sistema será movimentado por moeda virtual, a criptomoeda, que vai poder ser comprada pelo torcedor, e onde deve gerar os valores. O Santos segue o caminho de outros clubes, como Flamengo, Corinthians e Atlético Mineiro.

Com situação financeira delicada no atual momento, o presidente Andres Rueda detalhou a tokenização. “Token é uma moeda virtual. Não é real, dólar ou euro, mas moeda virtual atrelada a algum ativo. Propomos implementar a tokenização do mecanismo de solidariedade. Mecanismo é receita provável. Não é certeza de acontecer ou não. Todo jogador oriundo da base quando é vendido vem esse mecanismo. Santos tem percentual da venda pela geração desse craque. Varia de 0,5% a 5%. Quando Neymar foi vendido, Santos foi ressarcido. Acontece com qualquer jogador gerado na nossa base. Queremos tokenizar essa receita que pode acontecer ou não. Queremos criar um conjunto de jogadores que já foram vendidos e podem ser vendidos para outros clubes. Montamos uma cesta de cerca de 30 jogadores e vamos valorizar essa cesta. Quanto vale em retorno de mecanismo de solidariedade? Temos uma empresa parceira que faz o cálculo final dessa cesta. Calcula a idade, a posição, campeonato de atuação, valor dos atletas e possibilidade de transferência. Chega-se a um valor dessa cesta. Vamos imaginar 20 milhões de reais. A gente emite virtualmente 1 milhão de tokens. Cada token custaria 20 reais, por exemplo. E aí pode haver lucro ou até uma revenda no mercado secundário”

Rueda também falou da forma de abordagem, para buscar torcedores. “Podemos dar desconto no token para que comprem e faremos uma enorme campanha publicitária. Como é feita a divisão do valor? 5% é taxa de administração da plataforma. A empresa gere o saldo, a distribuição virtual e o resgate. Essa empresa se compromete a comprar 30% dos tokens. Santos sempre vai ter 20% dos tokens na mão. Isso garante ao investidor que o Santos não vai largar a operação. 45% disponibilizado no mercado. Então será 45% pera o mercado, 30% comprado antecipadamente pela empresa, 20% na mão do Santos e 5% de administração. As pessoas vão poder comprar pelo valor pré-definido e risco do Santos é zero. Operação antecipa prováveis recebíveis. O risco do investidor é comprar e nenhum jogador ser vendido. O nosso estatuto permite antecipação de recebíveis para pagar dívida. Toda receita vai para o pagamento de dívidas. Vasco e Cruzeiro implementaram a tokenização. Nós ainda vamos definir a quantidade de tokens, atletas e valor da cesta, mas ideia é essa. Imaginamos lançar em 45 dias. Ajudará e muito na receita do clube. Temos que nos reinventar para achar receitas”.

(Foto: Pedro Ernesto Guerra Azevedo / Santos FC)