|

Presidente da UEFA ironiza ida de jogadores para Arábia e não vê perigo para ligas europeias

Aleksander Ceferin se diz tranquilo quanto a ida de jogadores da Europa para o futebol saudita e ironiza: “me diga um jogador de nível top, no auge, que foi jogar na Arábia Saudita”

Um dos principais acontecimentos no mundo do futebol nos últimos meses é a contratação de nomes de peso da elite do futebol por parte dos clubes da liga árabe. Além de Cristiano Ronaldo em janeiro, os clubes do oriente médio já levaram Kanté e Karim Benzema, o atual Bola de Ouro.

Com isso, gigantes do futebol árabe seguem no mercado e podem levar nos próximos dias outros nomes como Zyech, Mahrez, Koulibaly, Ruben Neves e Mendy. Diante esse movimento, o presidente da UEFA, Aleksander Ceferin, comentou sobre o erro dos clubes árabes e afirmou não ver perigo para o futebol europeu nesse momento.

“Acho que é um erro principalmente do futebol árabe porque eles deveriam investir em academias, deveriam desenvolver treinadores e seus próprios jogadores, acho melhor eles gastarem todo esse dinheiro para formar jovens em seu país. O modelo pelo qual eles vão comprar jogadores que estão quase terminando suas carreiras não é um sistema que permite o desenvolvimento do futebol. Eles estão cometendo o mesmo erro que a China cometeu alguns anos atrás…”.

O Presidente da UEFA seguiu falando que os árabes estão contratando apenas jogadores em ‘fim de carreira’, e não os principais nomes do futebol europeu no momento.

“Diga-me um jogador que é top, que começou a carreira e foi jogar na Arábia Saudita?” Ceferin perguntou. “Mas, não se trata apenas de dinheiro. Os jogadores querem vencer as principais competições e elas estão na Europa. Não os perdemos. Eles ainda jogam futebol. No final da carreira, alguns jogadores vão a algum lugar para ganhar dinheiro”. Ceferin disse que a Uefa está analisando regras para impor um limite geral ao orçamento de salários e transferências para clubes que se qualificam para as competições europeias.”

Por fim, Ceferin comentou sobre o perigo para os clubes europeus e o fair play financeiro, onde as equipes árabes tem “dinheiro infinito”.

“Não queremos que dois ou três clubes com recursos ilimitados cheguem a um orçamento de 5 a 10 bilhões de euros. Praticamente todos os clubes, todos com quem falei, concordam com isso. Estamos longe de qualquer decisão; estamos apenas pensando nisso”.

— Ole Teya (@TeyaKevin) June 19, 2023