A admiração por Quaresma, relação com brasileiros e a evolução do futebol no Kuwait, tudo isso relata Omar Al Hebaiter em entrevista ao MF

Omar Al Hebaiter nasceu no dia 26 de outubro de 1992 no Kuwait e sua carreira se baseia nas passagens pelo Khaitan e Kazma SC, ambos do seu país natal. Vale lembrar que ele atuou durante alguns anos na seleção nacional e já esteve próximo de atuar no futebol português. Conhecido e reconhecido por atuar de forma alegre e técnica

Observação: Agradecimento para Jalile Elias que me ajudou na tradução do inglês para o português e vice-versa.  

 

1- Você é fã declarado do jogador Quaresma e atua com o mesmo estilo de jogo dele. Quando e por qual motivo, o futebol do meia português te chamou a atenção? Em um futebol de maior imposição física e velocidade, a técnica e o controle de bola que tens pode ser definido como um diferencial no país? Você já chegou a ser treinador pelo português Antônio Oliveira, atual auxiliar-técnico do Athletico Paranaense, quais os pontos positivos que podes mencionar sobre ele? Além disso, o que te auxiliou a evoluir na carreira? 

R: Claro, pra mim Ricardo Quaresma é o melhor jogador do mundo. Quando eu tinha nove anos eu comecei a jogar futebol com meus vizinhos na rua, depois eu me juntei a um grupo do Kuwait e minha carreira começou. Antônio Oliveira me treinou no Kazma Club, dois anos atrás, ele significa muito para mim, ele é minha família em Portugal me oferecendo confiança e apoio para melhorar dia após dia, ele é um bom exemplo de sucesso a ser seguido.

 

2- Atualmente está no Kazma SC. A equipe tem Jajá, Juliano Mineiro, Harrisson e Hamilton. Como é a sua relação perante os brasileiros e como vê o futebol no país sul-americano? Você deixou claro junto a um periódico que almeja atuar em Portugal no futuro, existiu algum tipo de sondagem ou até mesmo uma proposta para sair do país? Como vês a evolução da equipe no início do campeonato no Kuwait?

R: Meu relacionamento com todos os jogadores é boa e eu tento ajudá-los com o que eles precisam fora de campo. O futebol na América do Sul é mais intenso e tem mais habilidade e eu gosto disso. Claro que todo dia eu trabalho duro para alcançar meus sonhos jogando fora e, especialmente, em Portugal. Está certo que duas equipes da segunda divisão portuguesa tentaram me contratar nas últimas temporadas, mas não tiveram sucesso por conta da situação do corona.

 

Foto: Kazma SC.
 

3- A seleção do Kuwait é composta por atletas que atuam no próprio país, além de Arábia Saudita e Catar, apesar do bloqueio da FIFA em 2015 que perdurou dois anos que fez vários jogadores desistirem de suas carreiras, existe uma grande possibilidade do Kuwait de recuperar esse tempo perdido e se classificar para Copa do Mundo de 2022 ou 2026? Esteve ano passado esteve em um vídeo junto que envolveu mais de 150 jogadores asiáticos pela AFC. Como analisas o crescimento do futebol asiático no cenário mundial?

R: É claro que existe tempo para melhorar e se classificar para a Copa do Mundo. Na vida nada é impossível, se todos derem 100% de si no trabalho tudo terminará com sucesso. Eu acho que a cada ano o futebol na Ásia evolui e a cada ano novos jogadores asiáticos jogando em diferentes ligas europeias e existe uma mentalidade para querer melhorar fazendo algo melhor diferente do anterior.