Agilidade em processos podem garantir salários de quase 2 meses no Santos

A diretoria santista trabalha de forma intensiva para acelerar o julgamento contra o clube, movido pelo escritório Bonassa Bucker, que bloqueia R$ 15 milhões, que podem entrar nos cofres santistas e garantiriam o pagamento do salário de quase dois meses de jogadores, comissão técnica e funcionários do Clube.

O processo é movido contra o Santos desde 2018, ainda na gestão do ex-presidente Modesto Roma Jr. A atual diretoria foi obrigada a contratar um escritório especializado no assunto para resolver a situação e conseguir que os valores estejam à disposição para garantir os salários na atual situação, pois com a paralisação do futebol para combater a expansão do Covid-19, as receitas cairam ao extremo.

O bloqueio aconteceu em agosto de 2019, no recebimento da segunda parcela do Real Madrid, como pagamento do passe do atacante Rodrygo, e a confiança da diretoria santista e do seu departamento jurídico em um desfecho a favor do clube, é grande.

A cobrança de Bonassa Buker é proveniente de serviços prestados como o acordo com a Doyen Sports, no valor de R$ 9,9 milhões, diversas consultorias jurídicas R$ 1,1 milhão. O escritório ainda cobra R$ 638 mil pelo ‘Projeto Teisa’, R$ 202 mil de serviços prestados à presidência santista, R$ 202 mil pelo ‘Projeto Audax’ e R$ 400 mil pelo ‘Projeto Espanha’. Se os valores tivessem sido quitados dentro dos seus prazos, a dívida era de R$ 12,9 milhões, mas com os atrasos e juros, o valor se aproxima dos R$ 15 milhões.

Além destes valores bloqueados, a diretoria santista também pleiteia o desbloqueio de R$ 2,5 milhões, referentes a um recebimento por conta do mecanismo de solidariedade da Fifa, quando o atacante Neymar se transferiu do Barcelona para o Paris Saint Germain. Um dos apelos em todo o processo, é a atual situação causada pela pandemia do coronavírus, para tentar sensibilizar as autoridades e conseguir a liberação dos valores.