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Bayern termina a sua temporada perfeita

A partida de futebol mais aguardada do ano, que foi adiada por três meses por conta da paralisação do coronavírus, é resultado de uma edição de Champions histórica. Com mata-mata de jogos únicos; goleada de 8 a 2 do Bayern de Munique em cima do Barcelona; Real Madrid e Cristiano Ronaldo cairam no mesmo dia; na sua segunda UCL, o RB Leipzig chegou as semi e o PSG avançou pela primeira vez para uma final.

Em Lisboa, Bayern de Munique e PSG se encontraram para disputar a final da Champions League. Os alemães em busca da sexta orelhuda, e os franceses atrás do inédito título da equipe. Com Neymar e Lewandowski correndo atrás do título de melhor jogador do mundo e Thiago Silva vestindo a camisa da entidade parisiense pela última vez. O PSG colocou expectativas no menino Ney, enquanto o Bayern apostou no seu jogo coletivo, que veio desbancando todos que passaram por ele, e fez com que chegasse a final como favorito.

O Jogo

O primeiro tempo só ficou em falta de gols. Mas teve de tudo. Bola na trave; ataque e contra ataque; Neuer sendo mais uma vez a muralha alemã; Navas salvando o PSG; Mbappé desperdiçando gol.  

Assim que o árbitro Daniele Orsato apitou, ambos os times começaram disputando a posse de bola e tentando chegar o mais rápido possível do gol adversário. O PSG começou mais perigoso, com Di María dando trabalho para a zaga adversária. Mas logo o Bayern de Munique entrou no pique e passou a dominar a posse de bola e chegar com mais facilidade na área do gol de Navas. Lewandowski meteu uma bola na trave, enquanto Neymar e companhia tentavam passar por Manuel Neuer, mas o goleiro campeão do mundo em 2014 estava em um ótimo dia.

Os primeiros 45 minutos foram até tranquilos, com Thiago Alcântara fazendo uma bela partida; Kimmich fazendo belos passes; Davies e Kehler em uma bela disputa pela bola; Thiago Silva se fazendo gigante diante de Lewandowski; Mbappé tentando arrancar e Boateng saindo do jogo com dores.

Diferentemente do segundo tempo, onde a partida se tornou um festival de faltas e quase um palco de briga. Nos primeiros minutos os dois times tentaram por suas estratégias em prática, mas logo o Bayern mostrou estar em outro patamar. Com a posse de bola e com o maior número de finalizações para os alemães, Coman – que já foi jogador do PSG –, que entrou como titular na escalação para a final no lugar do croata Perisic, abriu o placar em Lisboa, fazendo 1 a 0 para os bávaros.

Logo após o gol, o jogo começou a tomar rumos diferentes. Gnabry, que não estava em um bom dia, começou a marcar pesado o brasileiro Neymar – que não estava fazendo um bom segundo tempo -, causando ira em Paredes que em duas oportunidades partiu para cima do alemão, até que os dois foram substituídos. Claramente, depois do gol de Coman, o clube parisiense perdeu o ritmo e o foco de jogo, os jogadores passaram a fazer faltas sem sentido e levaram muitos cartões amarelos. Do outro lado, a equipe do Bayern cometeu algumas faltas e levou alguns cartões, mas estava mais focada em jogar bola.

Várias substituições foram feitas. Coutinho e Perisic entraram em campo, mas não saiu nenhum outro gol para o Bayern. Enquanto que no PSG, alterações foram feitas, mas nenhuma capaz de empatar o jogo, já que a contratação feita pelo time de Paris para esses momentos, Icardi, ficou no banco o jogo inteiro. E junto com esses detalhes, o PSG perdeu força, Neymar começou a correr atrás do prejuízo, mas Mbappé desapareceu no jogo, e só voltou nos minutos finais. E na última tentativa da equipe parisiense de empatar o placar, estava Neuer para impedir o gol.

Assim, o Bayern de Munique conquistou a sua sexta orelhuda. Resultado de um gol marcado por um jogador improvável, Coman. Mas foi recompensa de uma temporada perfeita feita pelo clube alemão. Foram 11 jogos na UCL, e nenhuma derrota. Vindo de vitórias avassaladoras em cima do Chelsea, Barcelona e Lyon. Elenco batizado de “rolo compressor”, com Neuer se fazendo gigante, Lewandowski comandando a artilharia da edição, e uma equipe que jogou um futebol bonito de ser ver. E na final, mostrou a causa de ter sido o favorito da edição da Champions 2019/20.

Foto de capa: Reprodução/G1