Falta ética a Sampaoli em querer reforços do Santos?

Fora do Santos desde o dia 10 de dezembro de 2019, o técnico Jorge Sampaoli parece não parar de pensar no time santista. Depois de ficar três meses fora dos gramados, acertou seu retorno com o Atlético/MG na semana passada, e sua postura nos primeiros dias, certamente estão incomodando os diretores santistas.

Nos primeiros dias de janeiro, quando negociava com Palmeiras e Atlético/MG e naquela ocasião alertou os dirigentes adversários sobre uma brecha que o contrato do atacante venezuelano Yeferson Soteldo, onde o Palmeiras não demonstrou interesse momentâneo, e o Atlético, chegou inclusive a fazer uma proposta para ter o jogador, que acabou despertando o interesse do Huachipato do Chile, que também detém parte dos direitos federativos do jogador. A negociação não foi acerta pelo presidente santista, José Carlos Peres, e o assunto encerrou.

Depois da chegada de Sampaoli no Atlético, o zagueiro Lucas Veríssimo foi consultado sobre sua situação, e não foi adiante. O atacante Eduardo Sasha também foi sugerido pelo treinador, em uma possível troca por Ricardo Oliveira, com 40 anos, dez anos a menos que Sasha. Vale lembrar que em 2019, Ricardo Oliveira fez apenas 7 gols durante toda a temporada, enquanto Sasha, jogando apenas o brasileirão, pois no início da temporada tinha sido ‘encostado’ por Sampaoli, fez 14 gols. A bola da vez foi o volante Diego Pituca, que teve sua situação monitorada e o próprio treinador chegou a ligar para o jogador, que preferiu permanecer no Santos, demonstrando gratidão à instituição.

Agora vem a pergunta: Se o Sampaoli para ficar no Santos queria mais R$ 100 milhões de investimentos, não teve e saiu, acertou meses depois com o Atlético Mineiro, que não deverá fazer grandes loucuras com relação às contratações, por que o técnico visa os jogadores do Santos para reforçar o Atlético? No mínimo, falta ética profissional e respeito à instituição, que o apresentou aos clubes brasileiros, quando ele estava em baixa no mercado. Seu trabalho, não se discute, mas sua atitude é no mínimo duvidosa.