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A Arábia Saudita é o novo oásis do futebol mundial

O futebol saudita passou de uma margem para outra em um ano, foram uma série de mudanças que deixam uma esperança de melhoria no nível praticado do esporte no país

 

Dois nomes são primordiais para esta revolução no futebol da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, rei desde 2015 com o apoio dos jovens mudou o panorama fechado da localidade para uma maior abertura em várias áreas, porém iremos nos ater, a partir do ano passado quando convocou Turki Al-Sheikh para ser ministro do esporte no país.

O ministro com o apoio do governo conseguiu um forte investimento para sanar as dívidas dos clubes, pois os gestores dos clubes deixavam na mão as suas respectivas equipes por não quererem pagar o próprio alto investimento que fez. Assim equipes como Al-Nassr, Al-Raed, Al-Shabab e Al-Tawoun não disputam as competições continentais por veto da AFC (Confederação Asiática de Futebol).

Além disso, existe uma preocupação na transição entre os atletas da base e o profissionais, muitos atletas de futuro foram perdidos, pois não existia campeonatos de visibilidade no país, agora o sub-17 e sub-19 foram contemplados com a Taça do Príncipe e a Taça das Duas Mesquitas, o que fortalece a categoria de base e atrai os investidores estrangeiros para procura de novos talentos.

De 14 equipes para 16 times (não houve rebaixamento) e agora 7 atletas estrangeiros (sendo um goleiro). Fortalecimento geral para chamar a torcida para si, pois dificilmente partida sem Al-Ahli e Al-Ittihad e Al-Nassr tem um público chamativo, a média é de 8 mil torcedores por partida. A inclusão da mulher no estádio a partir da décima sétima rodada do ano passado na partida entre Al-Ahli e Al-Batin é importante.

Depois de passear sobre o assunto, podemos inferir que existiam contratações estrangeiras na Arábia, mas um pouco distante da realidade de alguns países do Oriente Médio como Catar e Emirados. Além disso era uma organização muito trivial e cheio de espaços a serem preenchidos, a pretensão é chegar próximo ao investimento da China, apesar de estar longe disso. O início da peleja começa no dia 13 de setembro.

 

Contratações de estrangeiros em cada clube:

 

Al Nassr: O terceiro colocado no ano passado, ainda não reforçou seu elenco, no entanto o alvo principal é o atacante Keno, do Palmeiras.

 

Al Hilal: O treinador português Jorge Jesus, que estava no Sporting, de Portugal é um dos grandes nomes que foram contratados para a temporada. A equipe é a atual campeã.

Imagem: Al Hilal.

 

Al Ittihad: Os tigres apesar da popularidade não fizeram um bom campeonato, para reverter a situação contratou o volante Jonas (que estava no Flamengo) e o meia Valdívia (que estava no São Paulo).

 

Al-Ahli Jeddah: O clube já investiu muito até o momento, contratou o zagueiro espanhol Alexis Ruano ex-Alavés, o volante bósnio Gojko Cimirot ex-Standard de Liège (Bélgica), o meia egípcio Abdallah Said ex-KuPS (Finlândia, ele está na Copa do Mundo) e o atacante José Manuel Jurado ex-Espanyol (experiente de 31 anos), além do técnico argentino Pablo Guede ex-Colo-Colo, do Chile. O vice-campeão atual quer mais.

Imagem: Al-Ahli.

 

Al-Shabab: O time negociou com o promissor treinador Alberto Valentim, que estava no Botafogo, mas não teve êxito, por enquanto o zagueiro romeno Valerică Găman ex-Steaua Bucareste foi o único reforço.

 

Ettifaq FC: O atacante argentino Cristian Guanca ex-Colón e o treineiro uruguaio Leonardo Ramos ex-Peñarol chegam com objetivo de manter a equipe entre os melhores (conquistou o quarto lugar na temporada passada).