As desgraças do Galo ante o Flamengo
1980, 2000 e 2010. As três décadas mais significativas para a rivalidade interestadual de quase um século. Atlético e Flamengo sempre fizeram confrontos históricos que decidiram vários torneios. Na década de 80, Campeonato Brasileiro e Libertadores. Em 2009, Campeonato Brasileiro. Em 2014, Copa do Brasil. Tudo guardada as devidas proporções.
Dois supertimes que protagonizaram duelos espetaculares. O Galo era comandando por Reinaldo, o Flamengo por Zico. Um, era o melhor atacante da época; o outro, o melhor meia. Dois craques, mas, não só dois craques. Como disse, dois timaços – recheados de craques -.
Ambos os times tinham qualidades para vencer qualquer torneio que disputassem no mundo. O Flamengo venceu, o Galo não. O alvinegro guarda mágoa, com toda a razão para você, atleticano. O rubro-negro guarda glórias, com toda a razão para você, flamenguista.
Contudo, os flamenguistas guardam glórias manchadas, muitas delas nas cores do clube – no vermelho. O rubrooooo-negro, podendo acrescentar mais um tom. O Atlético reclamava da arbitragem de 1980, comandada por Aragão – claro que com razão. Como o próprio treinador do clube à época diz, eles foram roubados. Já se passaram 40 anos desse primeiro episódio, mas, quem apanha nunca esquece.
Houve outros casos de erros, para ambos os lados, sem dúvidas. Falhas acontecem. Mau-caratismo e favorecimento também. As vezes, sem intenção alguma; e, em outras, de maneira intencional.
Em 1980, o Galo partia para o ataque. Era o jogo para comemorar o título brasileiro para, quem sabe, não ser dono do maior jejum – já que o Inter, segundo clube com mais tempo sem ganhar a competição, venceu em 1979 – mas não deu. Não deu porque foi interrompido pela arbitragem quando ia ao campo de ataque e ficaria sozinho, cara a cara com o bom goleiro Raul. Mesmo com todos os problemas da vida de Reinaldo, ele possivelmente marcaria – mesmo machucado, como atuou naquela partida. Reinaldo era craque. O verdadeiro Rei (naldo) foi quem mais ameaçaria o outro reinado – o de Pelé, segundo este mesmo afirma.

