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As finais das nossas memórias

Neste domingo, às 16 horas, no Mineirão, Cruzeiro e Atlético começam a escrever mais um capítulo em suas histórias. Pela 23ª vez, esses times decidirão o Campeonato Mineiro.

Como forma de mostrar que somos rivais e não inimigos, nós, colunistas do Cruzeiro e do Atlético, fizemos esta matéria. O objetivo é relembrar quatro finais memoráveis entre os clubes no Mineiro e inspirar para o jogo de logo mais.

Em ordem cronológica, contaremos a final do estadual de 2007, 2008, 2013 e 2018. Cada uma delas teve sua peculiaridade e está marcada de forma diferente em corações atleticanos e cruzeirenses. No fim, também estão algumas estatísticas e curiosidades sobre o maior clássico de Minas.

 
2007, o Galo era campeão com um jogo inesquecível

Do dia 21 de janeiro até 6 de maio, 12 times disputaram a 93ª edição do Campeonato Mineiro. Com o Atlético campeão, a hegemonia diante do Cruzeiro era mantida.

 

Alguns números da competição:

  • O Atlético teve a maior média de público da competição, com 20.238 pagantes em média a cada partida.
  • O recorde de torcedores aconteceu no segundo jogo da final. O Mineirão recebeu 42. 475 espectadores na partida de mando do Cruzeiro.
  • Com a conquista de mais um título mineiro, o Atlético chegava ao 39º em sua história

A classificação da primeira fase ficou, respectivamente, Cruzeiro, Atlético, Democrata-GV e Tupi. Nas semifinais, o Cruzeiro venceu o Tupi por 4-0 em casa, após o empate em 0-0 em Juiz de Fora. Já o Atlético, venceu o Democrata no jogo de ida por 2-1 e depois empatou em 1-1, ambos no Mineirão.

Logo, a final do Mineiro de 2007 seria decidido pelo maior clássico do Estado: Cruzeiro e Atlético. Pela melhor colocação na fase classificatória, o time celeste decidia em casa, assim sendo, o primeiro jogo foi de mando alvinegro.

 
Atlético 4-0 Cruzeiro

Dia 29 de abril daquele ano, no Mineirão, o Atlético recebia o Cruzeiro pela final do Estadual, e poucos imaginariam o placar final daqueles 90’. O primeiro tempo acabou 0-0, com a expulsão de Gladstone. Ao contrário do primeiro tempo: goleada. Logo no primeiro minuto, de cabeça, Éder Luiz abriu o placar. Danilinho deixou o seu aos 37’. Simões também foi expulso aos 42’, deixando o clube celeste com apenas 9 jogadores. Aos 43’, Marcinho sofreu pênalti ao tentar driblar o goleiro; o próprio converteu e ampliou o placar no Mineirão.

E foi nesse jogo que saiu um dos gols mais icônicos envolvendo o clássico mineiro: o de Vanderlei no Fábio, de costas. O goleiro cruzeirense que ainda reclamava do terceiro gol do adversário, voltava para a sua meta e sequer viu a finalização. Vanderlei aproveitou a saída de bola e só precisou rolar para o canto para fechar o placar do clássico, aos 46’.

O gol sofrido pelo Fábio rodou o mundo e por alguns anos, o goleiro ficou conhecido por esse fato. Veja o vídeo abaixo.

 
Cruzeiro 2-0 Atlético

Os times voltaram a se enfrentar dia 6 de maio, também no Gigante da Pampulha. E mostrando bastante disposição para ir atrás do resultado, o Cruzeiro abriu o placar já aos 8’, com Guilherme. Aos 43’ Wellington ampliou.

O time celeste voltou para o segundo tempo com um a menos, devido a expulsão do zagueiro Luizão por agressão a Vanderlei, e mesmo assim pressionava. Mas não conseguiu ampliar e restou ao Galo administrar até o fim.