Às 16h e sob o sol intenso do CT Maranhão do Sul, o atacante Breno Caetano treina com o grupo de 29 jogadores que compõem o elenco do Cavalo de Aço para esta temporada. Depois de ser chamado pelo técnico Paulinho Kobayashi e manifestar surpresa, ele vem em minha direção para a primeira entrevista como jogador do clube maranhense.
Da rodinha, alguém grita: “Alguém vai com ele pra traduzir pra repórter o que ele fala”. A piada faz o grupo cair na risada. É que depois de sete anos morando fora, ele mistura um pouco do espanhol com o português.
É nesse clima de descontração que conheço Breno Caetano, atacante de 22 anos, que veio do Fénix (Uruguai) para defender o escudo da Sociedade Imperatriz de Desportos. Ao me apresentar e conferir seus dados e a posição em que joga, ele surpreende: “Sou um jogador multifuncional”. Talvez seja por isso que denifir uma posição para ele seja difícil. Pelo Imperatriz foi anunciado como atacante.
Breno nasceu no Brasil, em Rio Pomba (MG). Foi para o Uruguai aos 15 anos, junto com um amigo, para fazer testes no futebol estrangeiro e ficou. Em 2019, começou a temporada pelo Fénix com o pé direito: no seu primeiro jogo como titular no ano, marcou o gol que garantiu a vitória na partida e a liderança do clube uruguaio na disputa nacional. Fez história. Na nossa rápida conversa ele revelou o sonho antigo de voltar a jogar no Brasil, sua multifuncionalidade e a relação com os colegas de equipe.
Esta entrevista foi feita antes da estreia do Imperatriz no calendário de disputas de 2020, três dias depois que Breno desembarcou no interior do Maranhão. Hoje (29), o nome do jogador foi publicado no BID, regularizando sua situação no futebol brasileiro e abrindo mais uma opção de troca para o técnico Paulinho Kobayashi.
Confira a entrevista:
Ananda Portilho: Breno, você passou um bom tempo no Uruguai. Quando volta ao Brasil, desembarca no futebol maranhense. Como tem sido essa experiência?
Breno: Lá no Uruguai, o futebol é bastante físico, bastante forte. Do pouco que eu conheço do futebol daqui, é um pouco disso. Logicamente existem diferenças entre o futebol brasileiro e o futebol de qualquer outro lugar, mas sou um jogador que me adapto rápido às circunstâncias do jogo e acredito que vou ter sucesso aqui.
Ananda Portilho: Você foi um dos últimos atletas a chegar. O elenco já estava montado quando você desembarcou por aqui. Sentiu alguma dificuldade de entrosamento com os jogadores?
Breno: Faz poucos dias que estou aqui. Ainda não treinei muito com o restante do pessoal. Estou trabalhando mais a parte física. Como disse, me adapto rápido às circunstâncias e os meninos me receberam muito bem e estão me dando todo o suporte necessário para que eu possa me adaptar o mais rápido possível.
Ananda Portilho: Quem é o Breno que desembarcou no futebol maranhense?
Breno: Hoje eu sou um Breno bastante maduro. Fui para o Uruguai muito jovem, com apenas 15 anos. Me formei lá como jogador, mas também como pessoa. Acredito que venho para somar com a equipe. Tenho uma experiência que nem todos os jogadores da equipe têm, que foi jogar no exterior, e acredito que essa minha experiência pode ajudar a equipe nesse momento.
Tenho uma experiência que nem todos os jogadores da equipe têm, que foi jogar no exterior, e acredito que essa minha experiência pode ajudar a equipe nesse momento.
Ananda Portilho: O Imperatriz tem um calendário cheio este ano. São quatro competições, três delas vão ocorrer simultaneamente. Você já estava adaptado a esse ritmo de disputas?
Breno: Não estou tão adaptado. Minha equipe no Uruguai recentemente estava jogando somente o campeonato local. Agora ia começar a jogar a Sul-Americana, mas eu já tinha interesse e vontade de voltar a jogar no futebol brasileiro. É um calendário bastante apertado e como o professor (Kobayashi) diz, a equipe tem que estar toda bem. A qualquer momento pode jogar um ou jogar outro, então a gente tem que estar preparado. Eu, particularmente, estou me preparando para isso.
Ananda Portilho: E a relação com a torcida? Já conseguiu sentir o “calor”?
Breno: Eu tenho acompanhado um pouco pelas redes sociais. Na verdade, desde que eu vi que havia um interesse do Imperatriz. Eu vi que é uma torcida que acompanha, que sempre está presente no estádio. Eu acho isso muito importante. Só temos a crescer com isso. Vamos sair fortes com esse apoio que vamos ter deles.
Foto de Capa: Divulgação/Fénix
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